Blog Rocha 100
“No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Em defesa de Sakineh Ashtiani, contra o horror e a covardia
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
A Luz do Mundo
Caminhava Jesus com seus discípulos quando avistou um cego de nascença. Os discípulos quiseram saber se o infeliz estava pagando os pecados próprios ou os pecados dos pais. Jesus respondeu que nem o cego nem os pais haviam pecado, mas era necessário que naquele sofredor se manifestassem as obras de Deus; e dispõe-se a curá-lo, dizendo: "Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo" (João: 9, 5).
Todos nós somos cegos de nascença; não cegos da visão, mas cegos do entendimento. Cegos da visão, alguns. Cegos do entendimento, todos. Não que a razão humana não possa conhecer, mas ela só conhece pelo tato aquilo que melhor conheceria pela vista.
A razão humana, a rigor, apenas tateia a verdade; sendo da essência mesma desta nunca se revelar na sua inteireza.
Acresce que esta humana razão conhece sempre melhor o que importa menos, e pessimamente o que importa mais.
Porque muito mais importa a verdade moral do que a verdade factual, muito mais as verdades interiores do que as verdades exteriores, muito mais as verdades da vida eterna que não vemos do que as verdades da vida efêmera em que vivemos.
Por isso foi necessária outra luz, além da luz da razão.
Se a razão tudo pudesse entender, não careceria Deus de enviar uma nova luz ao mundo.
Desde que apareceu no mundo, há 2012 anos, essa luz aquece e ilumina sem cessar, e seu combustível é o amor.
A denominação de "mago", na Antiguidade, indicava o sábio, especialmente da mais excelsa sabedoria da época: a sabedoria astrológica. Os três reis magos são, portanto, os três reis sábios.
Estes sábios, ao seguirem a estrela, iam a procura de uma luz nova, uma luz que pudesse iluminar mentes já saturadas de toda ciência, cansadas de muitas procuras, desesperançadas de tantas decepções.
Eles a encontraram, a luz em botão, na forma de um bebê em uma humilde manjedoura.
Essa pequenina luz se fez a Luz do Mundo.
Hoje, neste início de 2012, por mais saturado, cansado e desesperançado que você esteja; esta luz esta ao seu alcance.
Procure-a com o coração.
Acesse o Portal 100 Fronteiras (www.portal100fronteiras.com.br)
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Corrupções de ontem e de hoje: CPI pra todo mundo
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
PT e eleições JP: a subserviência ao "Coletivo Agra-Girassol" (ou Agra-Ricardol)
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Não li, mas vou ler
Sheherazade: das "Mil e Uma Noites"
sábado, 19 de novembro de 2011
Quando Washington chorou
"... foi olhando, regando este jardim que me chegou a inspiração para escrever um dos melhores textos da minha vida. Um texto que, ao lê-lo, o filósofo e professor Washington Rocha chegou a chorar de emoção estética".
O texto a que Bezerra se refere chama-se "À Setembrina Primavera". Com efeito, um texto excepcional. Por iniciativa minha, quando Chefe do Centro de Pesquisa Musical José Siqueira - Funesc, com direção do próprio Bezerra, "A Setembrina" virou espetáculo de grande sucesso no Teatro Paulo Pontes. Também escrevi um texto laudatório sobre esse texto de Bezerra. Mas não me lembro de ter chorado. No entanto, agora, vendo-me chorar no livro de Bezerra, ri muito. Naturalmente, Bezerra me tira água dos olhos para aguar sua pacholice. O livro é pachola a não mais poder, nem por isso deixa de ser formidável; aliás, por isso mesmo é que é formidável. E, como indagaria o finado Brás Cubas, "quem não é um pouco pachola nesse mundo?". Encerro por aqui e volto à leitura e às risadas. Quando terminar, voltarei a comentar.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Uma tarefa para Ivaldo Gomes
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
O PETRÓLEO É NOSSO! DE TODOS OS BRASILEIROS!
domingo, 6 de novembro de 2011
Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia: anistia ou massacre
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Todo apoio à Comissão da Verdade
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Mídia e fascismo: o discurso pós-safado de Tarso Genro
domingo, 16 de outubro de 2011
Aos plutocratas de Wall Street: Virem-se!
Ainda não se fodeu, mas merece se foder. O povo sai às ruas, pelo mundo afora, contra o domínio global da plutocracia financista especuladora. O sistema de produção capitalista pode produzir bons ou maus frutos. A idéia de que tal sistema é o mal em si mesmo, é uma idéia estúpida em si mesma. A democracia não sobrevive sem o sistema de livre mercado. Quando o estado monopoliza a economia, estabelece a tirania. Agora, a democracia não pode permitir que o seu Estado invista capital público para socorrer os mais ricos entre os ricos, que são os plutocratas das finanças. Ora, se o padeiro da esquina não consegue pagar suas contas, quebra e fica quebrado, o Estado não irá socorrê-lo. Então, se banqueiros quebrarem, que fiquem quebrados; não há dúvida que novos bancos ocuparão seu lugar, porque banco é um bom negócio. Como não há dúvida de que sempre haverá um padeiro português esperto esperando que uma padaria concorrente quebre para abrir uma filial em seu lugar. No capitalismo é assim. Os banqueiros e financistas de Wall Street estão em crise? Virem-se. Ou fodam-se.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Voto distrital: repercutindo a excelente reportagem de Mislene Santos no jornal Correio da Paraíba
1) "... Ele lembrou que esse sistema já foi utilizado no Brasil durante todo tempo do Império. 'Contudo, não era um sistema democrático, mas um curioso regime liberal conservador, oligárquico e aristocrático'. ".
O fato de o voto distrital ter sido utilizado durante o Império não o desqualifica. Certamente, o voto distrital do tempo do Império não tinha amplitude democrática, nem poderia ter, porque o Brasil era semi-feudal e, como diz o professor, não era democrático. Os instrumentos da política renovam-se com a renovação da política. Por exemplo: os Parlamentos da época a que o Professor se refere não foram democráticos, mas deram origem aos Parlamentos democráticos de hoje. Nem por ter havido Parlamento no Brasil durante o Império, será o Congresso Nacional do Brasil de hoje nefasto à democracia.
2) "... os setores que defendem o voto distrital (puro ou misto) com unhas e dentes são a revista Veja, o PSDB, o DEM e o PMDB. Quais os interesses desses setores? Esta é a melhor maneira de entender os objetivos desses 'movimentos sociais'.
Qualquer revista tem o direito de expressar opinião, inclusive sobre temas políticos. Quanto aos partidos, sobre tais temas, não têm o direito de se expressar, mas sim o dever, a obrigação; existem para isso. Quanto aos "interesses desses setores", ficamos sem saber quais sejam, porque o Professor não nos diz (apenas podemos pressupor, pelo tom, que sejam os piores possíveis). O próprio Professor Jalds nos ajuda a desfazer o argumento, pois acrescenta: "... cada partido defenderá uma tese conforme seu interesse eleitoral". Ora, se todos os partidos se posicionarão desde um ponto de vista oportunista, tal argumento não poderá desqualificar, exclusivamente, os que defendem o voto distrital por oportunismo. O Professor está pessimista quanto à reforma política, justamente pela possível universalização do oportunismo. Eu sou otimista, e acho possível que no Congresso os princípio se imponham sobre o oportunismo e tenhamos uma boa reforma política (nem precisa ser perfeita), inclusive com voto distrital. Neste particular, as considerações do Professor elevam meu otimismo a uma convicção de vitória; pois, se até o PMDB está defendendo "com unhas e dentes" o voto distrital, a coisa está no papo.
3) "... não existem distritos eleitorais no Brasil. Eles serão criados arbitrariamente, pois não há, nos dias de hoje, a priori, nenhum critério histórico ou geográfico de delimitação dos distritos...".
Não entendo de divisão territorial (sempre fui ruim em geografia), mas creio que há em todos os estados do Brasil elementos históricos e geográficos para divisão de territórios distritais. A jornalista Mislene e a equipe Correio da Paraíba parecem concordar comigo, pelo menos no caso da Paraíba. A reportagem está ilustrada com um mapa do estado dividido em 12 distritos. De olho, como leigo, achei o mapa em questão bastante racional.
4) "Para o historiador, o sistema acabaria fortalecendo os chamados currais eleitorais, porque 'em qualquer lugar do mundo, o voto distrital é um sistema que compartimenta em vez de universalizar. Permite a efetivação de democracia liberal, mas fortemente avessos a participação popular".
Sem voto distrital, os currais eleitorais veem contaminando o sistema eleitoral brasileiro há mais de um século. Suas causas não estão na forma do voto, mas na situação sócio-econômica das regiões dos currais: pobreza (às vezes, miséria) e baixa (ou nenhuma) escolaridade. O voto distrital, com efeito, compartimenta. Porém, mesmo na mais universalista das Repúblicas, alguma divisão do tipo compartimento será necessária, a começar pelos compartimentos que são as unidades federadas; no caso do Brasil, os estados. Lembrem-se que o Brasil é uma República Federativa. Que o voto distrital é compatível com a democracia liberal, não há dúvida; porém, a democracia liberal não é avessa à participação popular. Pelo contrário, a democracia liberal é o sistema por excelência da participação popular, porque assegura nesta participação os direitos de liberdade.
5) "Jalds Menezes disse que o voto distrital sempre beneficiará as oligarquias e dificultará a vida de candidatos vinculados a ideologias e movimentos de opinião pública, necessariamente universal. Além disso, para ele, esse sistema distritaliza a compra de votos, 'para falar o óbvio porque o poder econômico, as grandes empreiteiras e os grandes bancos, continuarão atuando. O sistema de distrito pode inclusive permitir a racionalização do investimento".
Deixarei a primeira afirmação deste item por último. Quanto à possível distritalização da compra de votos, podemos supor que sem o voto distrital a compra de votos está universalizada. Sendo distritalizada, será mais fácil à Justiça Eleitoral coibir tal prática criminosa. Uma possível compra racionalizada de votos prosperará apenas se houver ineficiência da Justiça e das polícias; tal como tem prosperado a compra irracional de votos quando ocorre a referida ineficiência. Voltemos à primeira afirmação, de que o voto distrital sempre beneficiará as oligarquias. A reportagem em tela - magnífica reportagem - apresenta um cenário hipotético da bancada paraibana na Câmara Federal, como se a eleição de 2010 tivesse sido realizada no sistema de voto distrital. Neste cenário de voto distrital hipotético, PT, PTB e PMDB teriam sido beneficiados. O PT teria acrescentado à sua bancada Jeová Campos, o PTB teria acrescentado Armando Abílio e o PMDB teria acrescentado Roberto Paulino. PP e PDT teriam sido prejudicados. O PP teria perdido Aguinaldo Ribeiro e o PDT teria perdido Damião Feliciano. O DEM teria ficado na mesma, apenas trocando Wilson Filho pelo Major Fábio. Não sei como o Professor Jalds avalia todos esses partidos. Pela minha avaliação, a bancada mais à esquerda teria tido lucro eleitoral, embora pequeno. De qualquer sorte, conhecendo o Professor Jalds como conheço, sei que ele não haverá de caracterizar o Partido dos Trabalhadores como oligárquico.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Primavera das Mulheres
INCH' ALLAH! OXALÁ!
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
"Go home, FIFA!"
É espantoso, mas pode ser confirmado em sites oficiais. A presidente Dilma e o ministro Orlando Silva, estão, pelo menos por enquanto, aceitando o desaforo. Têm resistido à exigência da revogação da lei da meia entrada, mas isso é quase nada. Não deve ser admitido nenhum item que fira a Soberania Nacional. O ministro Orlando Silva é comunista, já deve ter bradado "Go home, Yankee!" em passeatas mil pelo Brasil. Pois, está na hora de bradar "Go home, FIFA!".
domingo, 2 de outubro de 2011
PSD: Marcus Odilon defende Voto Distrital e Primárias
O que não consta dos 12 pontos do PSD e Marcus Odilon defende com a mesma ênfase é a realização de Eleições Primárias para escolha dos candidatos pelos partidos, a exemplo do que ocorre nas eleições presidenciais nos Estados Unidos. Certamente, como argumenta Marcus Odilon, as Primárias são uma ampliação democrática da maior importância, porque tira a indicação do candidato das mãos dos caciques e a coloca nas mãos da massa dos eleitores. Com efeito, se não fossem as Primárias, Barack Obama jamais teria sido candidato a presidente, os EEUU não teriam eleito o primeiro presidente negro da sua história.
Voltando ao Voto Distrital, Marcus Odilon responde com humor à crítica dos que dizem que por essa forma de eleição deputados estaduais e federais teriam a representatividade de simples vereadores. Diz Marcus: "Ora, sendo assim, Winston Churchill, que foi várias vezes eleito para o Parlamento da Inglaterra, sempre pelo sistema de Voto Distrital, foi apenas vereador. No entanto, este 'vereador' foi conclamado por sua Nação para assumir o poder máximo em um dos momentos mais difíceis não só da sua Pátria mais de toda a Humanidade. Como registra a história, o 'vereador' deu conta do recado".
Seja como for, o prefeito de Santa Rita, está decido a fazer uma grande mobilização em favor do Voto Distrital e das Primárias. Precisa contar com o apoio do seu partido. Será uma excelente oportunidade para o PSD mostrar a que veio.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
A ideologia do PSD: os 12 pontos
1) Desenvolvimento com Liberdade, Liberdade para desenvolver
2) Desenvolvimento exige Liberdade
3) Democracia e voto distrital
4) Direito de propriedade e respeito aos contratos
5) Igualdade de oportunidades
6) Sustentabilidade e inovação tecnológica
7) Transparência e respeito ao cidadão contribuinte
8) Liberdade de imprensa
9) Livre associação
10) Descentralização e subsidariedade
11) Livre comércio e defesa de valores
12) Liberdade e responsabilidade individual
Eis aí a ideologia do PSD. Trata-se da velha e boa Democracia Liberal de Mercado. Os autoritários não gostam, os totalitários não gostam, os marxistas não gostam, os bolchevistas não gostam, os fascistas não gostam, os nazistas não gostam. Mas tem quem goste. Eu, por exemplo, dou o maior valor.
Certamente, pode-se dizer que tais princípios ficarão apenas no papel, não se tornarão a prática do partido. Pode ser. Como qualquer outro partido, o PSD construirá sua identidade pela prática. Todavia, é de elementar entendimento que os bons princípios favorecem as boas práticas.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Presidente Rômulo Gouveia, o PSD não pode exigir dos filiados compromisso de subordinação
terça-feira, 27 de setembro de 2011
PSD 55: uma ótima idéia
Aqui na Paraíba, quem primeiro acreditou e mobilizou pelo PSD foi Marcus Odilon, prefeito de Santa Rita. Foi a primeira onda azul social-democrática. Com a chegada do vice-governador Rômulo Gouveia - aclamado, a começar por Marcus Odilon, como líder do PSD na Paraíba -, a onda virou tsunami e alastrou-se por todas as regiões do estado. O PSD Vai mostrar a cara nas eleições de 2012: de Cabedelo a Cajazeiras. Não vai ter moleza. No Brasil, nunca um partido foi tão atacado no seu nascedouro. Pela esquerda e pela direita, do "Partido do Kassab", para usar uma expressão de Machado de Assis, "disseram o que Maomé não disse da carne de porco". A acusação mais repetida é a de que o PSD "não tem ideologia". É também a maior besteira. Mas este assunto de ideologia é complicado, um tanto longo, e já passa das onze da noite. Fica para o próximo post, que eu vou dormir. Não sem antes lembrar que o número do PSD é 55. Antes fora cogitado o inebriante número 51. Seria uma boa idéia, mas 55 está ótimo.
sábado, 24 de setembro de 2011
"Impunidade jamais!"; "revisão da Lei da Anistia": Heriberto Coelho chama para o debate. Convite aceito
"W. Rocha, precisamos aprofundar a discussão. Você precisa rever a posição de ser contra a revisão. Impunidade jamais!".
Excelente! O que eu mais gosto de fazer é discutir, debater, polemizar. Não apenas aceito o convite como faço sugestões:
1) Ampliar o debate por intermédio deste próprio Portal 100 Fronteiras. Heriberto tem uma coluna no Portal, podendo usá-la para argumentar a favor da revisão da Lei da Anistia. Eu responderei aqui. Ele diz que que eu preciso rever minha posição contra a revisão. Farei isso, se os seus argumentos me convencerem. Por sua vez, Heriberto deve também estar aberto à possibilidade de que meus argumentos modifiquem sua opinião.
2) Sendo O Sebo Cultural também um importante centro de eventos políticos, Heriberto, que o comanda, pode organizar um debate no auditório que será inaugurado em breve. Como as atividades de O Sebo Cultural são muito concorridas e o assunto está quente, teremos casa lotada. Se for convidado, aceitarei compor a Mesa para falar contra a revisão da Lei da Anistia. Naturalmente, irei lá pretendendo convencer, mas posso sair convencido.
Com a palavra, Heriberto.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Comissão da Verdade: emendas de ouro
Tais emendas, no meu entender, melhoram muitíssimo o soneto: são emendas de ouro.
A Comissão da Verdade é investigativa, não punitiva. Tal como está, o projeto da Comissão da Verdade afasta a revisão da Lei da Anistia. Não poderia deixar de ser assim, pois a primeira e escancarada verdade que a Comissão haverá de "descobrir" é que a Anistia foi Ampla, Geral e Irrestrita; que a Lei da Anistia terminou uma guerra, conciliou a Nação e possibilitou a redemocratização do Brasil.
Na sua declaração de voto a favor da Comissão da Verdade, o bravo deputado verde Alfredo Sirkis, que combateu a ditadura, que foi perseguido, fez questão de exorcizar o fantasma da revisão da Anistia, repetindo considerações que vem escrevendo em seu excelente blog (www.sirkis.com.br); como esta: "Rever (a Lei da Anistia) seria reviver uma guerra que terminou há trinta anos".
Com efeito, devemo nos esforçar em recuperar a memória da história; isso faz bem à democracia. Tentar recuperar a guerra - e isto é o que pretendem os que pretendem a revisão da Lei da Anistia - é uma ideia de jerico, uma jumentice histórica; com perdão dos jumentos, que são animais de índole pacífica.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Leonel Brizola, Inocêncio Nóbrega e os 50 anos da Campanha da Legalidade
"Cumpre-nos reafirmar nossa inalterável posição ao lado da legalidade constitucional. Não pactuaremos com golpes ou violências contra a ordem constitucional e contra as liberdades públicas".
É isso aí, Brizola velho de guerra: VIVA A DEMOCRACIA!
Miro Teixeira: forma de votar decidida no voto
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Afagos de Dilma a governador tucano magoam petistas
sábado, 10 de setembro de 2011
Delúbio Soares, o justo Aristides, Jesus Cristo, Barrabás e Hitler
Que coisa impressionante. Se o STF fizer justiça a um homem de tal envergadura, absolvendo-o, certamente o PT o lançará como candidato a presidente em 2014. Nem Dilma nem Lula lhe chegam aos pés. Ninguém, no Brasil e no mundo, chega-lhe aos pés.
Aristides, o Justo e Lula, o Nunca Antes Neste País
Não sei se o ex-presidente do Brasil é honesto, bravo, justo e bondoso como foi o general de Atenas. Mas todos, inclusive o próprio, dizem que "nunca antes neste país" houve um presidente como Lula. Eu votaria pelo ostracismo de Lula apenas porque não suporto mais ouvir tanta bajulação.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Censura, controle da mídia: o PT autoritário vai dar com os burros n'água
sábado, 3 de setembro de 2011
controle da mída: arreganho autoritário do PT
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Dos tempos de chumbo aos tempos do diálogo
Então, Comandante Heriberto, topas? Vamos, pois, à luta, ao som do grande Geraldo Vandré (lembras como o companheiro do vozeirão levantou a platéia no debate de sexta-feira, cantando "Madeira de dar em doido"? E aquele magnífico artista de "voz e violão"? Fenomenal!!!).
"Vem, vamos embora,
Que esperar não é saber;
Quem sabe faz a hora,
Não espera acontecer"
domingo, 28 de agosto de 2011
28 de Agosto: O Debate da Anistia no Sebo Cultural
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Anos de Chumbo - Anos Dourados: "Foi um rio que que passou em nossas vidas"
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Os ateus e o velho Alexis
"Jamais o curto espaço de sessenta anos poderá encerrar toda a imaginação do homem; as alegrias incompletas deste mundo jamais serão bastantes ao seu coração. O homem, entre todos os seres, é o único que mostra um natural desgosto pela existência e um desejo imenso de existir: despreza a vida e teme o nada. Esses diferentes instintos constantemente impelem sua alma para a contemplação de outro mundo, e é a religião que o conduz a ele. A religião não é, pois, senão uma forma particular da esperança, e é tão natural ao coração humano como a própria esperança. É por uma espécie de aberração da inteligência, e auxiliados por uma espécie de violência moral exercida sobre sua própria natureza, que os homens se afastam das crenças religiosas; um pendor invencível os conduz a elas. A incredulidade é um acidente; somente a fé é o estado permanente da humanidade".
A poderosa Veja, a poderosa Folha e o poderoso PIG
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
O poder e a subserviência
O poder e a subserviência
domingo, 14 de agosto de 2011
O dilema de Dilma
sábado, 13 de agosto de 2011
O alerta do velho Alexis
domingo, 7 de agosto de 2011
Dando risadas e aprendendo com Gelza Rocha
Porque pego no pé do "politicamente correto"
sábado, 6 de agosto de 2011
Lei da Anistia: revisão ou não? Um debate de verdade
sábado, 23 de julho de 2011
A besta quadrada Lula da Silva diz que palavra de Jesus Cristo é "bobagem"; os católicos aduladores vão entender, explicar, justificar e glorificar
sábado, 16 de julho de 2011
Sobre o intelectual Ivaldo Gomes e a doutrina "politicamente correta"
quarta-feira, 13 de julho de 2011
28 de Agosto: O Debate da Anistia no Sebo Cultural
Está proposto o debate sobre a revisão da Lei de Anistia e dito que a Mesa será composta, paritariamente, por debatedores favoráveis e contra a revisão. Como esta dita revisão passou a fazer parte da orquestração esquerdista-doutrinária-lulo-petista-politicamente correta, será difícil encontrar quem a conteste. Vou tentar ajudar. Que me conste, na Paraíba (não se levando em conta este modestíssimo blogueiro que vos fala), apenas dois intelectuais - ativos e militantes - não prestam culto à referida doutrina, e até ousam levantar blasfêmias contra ela. Refiro-me a Iremar Bronzeado e Sônia van Dijck. Se é para haver debate de verdade, eles devem ser convidados para compor a Mesa. Nem sei se são contra a revisão da Lei de Anistia, mas sei que pensam com autonomia, não se submeteram à heteronomia moral do "Moderno Príncipe" sonhado pelo mártir comunista italiano Antonio Gramsci e que se tornou quase unanimidade na esquerda brasileira. Quanto a mim, apesar de modestíssimo, sendo contra a revisão da Lei de Anistia, poderia também compor a Mesa. Do outro lado, dentre tantos, tão proeminentes e tão brilhantes intelectuais gramscianos, será difícil escolher - por força da paridade - apenas uns poucos.
sábado, 9 de julho de 2011
"Sem sombra de dúvida"
"As provas coligidas no curso do inquérito e da instrução criminal comprovam, sem sombra de dúvida, que José Dirceu agiu sempre no comando das ações dos demais integrantes dos núcleos político e operacional do grupo criminoso. Era, enfim, o chefe da quadrilha".
"Foi engendrado um plano criminoso voltado para a compra de votos dentro Congresso Nacional. Trata-se da mais grave agressão aos valores democráticos que se possa conceber"
A magnitude dessa agressão eu posso conceber, mas outras coisas não consigo conceber nem entender:
a) Por que Zé Dirceu continua mandando no PT?
b) Por que Delúbio Soares voltou ao PT nos braços da militância?
c) Por que João Paulo Cunha foi eleito presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara?
c) Por que Luiz Inácio Lula da Silva insiste em afirmar que o mensalão nunca existiu?
d) Por que esta quadrilha ainda está solta?
Alguém, por favor, poderia me explicar?
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Iremar Bronzeado e a "patrulha" em xeque
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Ensaios Ilustradíssimos do Genialíssimo Solha: agora, o livro.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Samuca, Môfi, Anacleto: baixaria mesmo é a censura
Como disse, não sei se Samuca, Môfi e Anacleto produzem baixarias; mas sei que muita baixaria é produzida diariamente em programas da Globo, Band, Record et caterva. Nunca me ocorreu fazer campanha de censura para tirar tais programas do ar, prefiro mudar de canal.
Para mim, BAIXARIA MESMO É FAZER CAMPANHA PARA VOLTA DA CENSURA, QUE TÃO DURAMENTE AMARGAMOS NO TEMPO DA DITADURA.
domingo, 26 de junho de 2011
Samuca e Marcus Odilon em enquetes e pesquisas
sábado, 25 de junho de 2011
Dilma desiste do sigilo tolo, falta desistir do sigilo imoral
quarta-feira, 22 de junho de 2011
100 anos depois de Epitácio, Lindbergh
COPA SIM, CORRUPÇÃO NÃO!
sábado, 18 de junho de 2011
Marcus Odilon: a absolvição do trabalho
Voltando ao julgamento em que, por unanimidade, o Pleno do TRE absolveu Marcus Odilon. Ao absolver o prefeito de Santa Rita, a Justiça Eleitoral absolveu o trabalho. A preclara juíza Niliane Meira, relatora, afirmou, no seu parecer, não haver contra Marcus Odilon "provas robustas". Nem robustas nem franzinas, acrescento eu. As provas que existem em relação às quatro administrações Marcus Odilon em Santa Rita - e mais duas em Juarez Távora -; provas robustas e robustíssimas, são as provas do trabalho sério e competente.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Anistia Ampla, Geral e Irrestrita: a coragem de Dilma
"Se esqueceu de seu passado de militância contra a ditadura militar ao jogar uma pá de cal sobre o pedido de revisão da Lei de Anistia, de modo a permitir a punição de torturadores".
Eu tenho como responder pela Presidente Dilma a esta provocação besta do Ophir; porque respondo por mim. Eu militei contra a ditadura, fui preso e torturado, nos porões do IV Exército, em Recife-PE. Sofri, antes e depois desse episódio, várias formas de perseguição do regime ditatorial. O processo político fez com que eu viesse a comandar, na minha cidade, a luta pela Anistia Ampla, Geral e Irrrestrita, na condição de presidente do Comitê Brasileiro pela Anistia-secção João Pessoa. Não esqueci nada. Exatamente por lembrar, é que sou contra esta idéia estúpida de revisar uma Lei que produziu as melhores consequências, e as produziu porque foi resultado de uma negociação realista e séria. De um lado uma ditadura enfraquecida, mas ainda com poder de fogo incalculável. Do outro lado, um movimento nas ruas, sem poder de fogo. Fomos nós outros, nas ruas, que levantamos a bandeira da Anistia AMPLA, GERAL e IRRESTRITA. Eles tinham armas, nós tínhamos pessoas presas; eles tinham o Governo, nós tínhamos pessoas exiladas. Nós, das ruas, sabíamos não ter forças para derrubar o regime militar; os militares sabiam não ter fôlego para muito tempo. Daí a negociação, o pacto e a Lei. E nós outros, das ruas, vencemos. Todos os presos foram libertados, todos os exilados retornaram. Entendam isso; imbecis: nós, das ruas, vencemos.Vocês querem revisar uma vitória popular; imbecis.
A tortura é o mais nojento dos crimes. Na época da negociação da Lei de Anistia, alguém poderia ter levantado esta exclusão: Anistia para todos, menos para os torturadores. Nós outros, das ruas, poderíamos ter levantado tal exclusão. Os que, respaldados pelas ruas, negociavam no Congresso e nos gabinetes em nome dos presos e dos exilados poderiam ter imposto tal cláusula de exclusão para efetivação do acordo. Por que não o fizeram? Porque teria sido uma estupidez. Porque teria melado a negociação. Porque teria prolongado o confronto por mais alguns anos. Porque os presos políticos permaneceriam presos e os exilados permaneceriam exilados. Porque os militares linha dura poderiam aproveitar para um recrudescimento da repressão, com o resultado de mais prisões, exílios, torturas e mortes. Numa guerra, quem ganha leva tudo. Numa negociação, nenhuma parte pode levar tudo. Entenda-se, enfim, o seguinte: o malefício de não se poder punir os torturadores daquela ocasião foi imensamente compensado pelos benefícios conquistados pela aprovação da Anistia sem restições: Vidas, Liberdade, Democracia e Paz.
Mais de 30 anos passados, tendo a Lei de Anistia produzido todos os seus frutos - abundantes e benéficos -, alguns desmiolados ou desmemoriados propõem sua revisão para efeitos de propaganda política. Juridicamente, a besteira não corre nenhum perigo de prosperar.
A proposta de revisão da Lei de Anistia é uma estupidez longa; assim, esse post poderia ser mais longo ainda. Fico por aqui, mas disposto a continuar se alguém quiser polemizar comigo. Pode ser por via de comentário, nas colunas ou em artigos (alguns colegas colunistas são defensores ardorosos da revisão da Lei de Anistia - comentários e artigos enviados, por quem quer que seja, por mais contrários que sejam à minha opinião, serão imediatamente publicados).
Tenho bastante criticado a presidente Dilma. Hoje é dia de elogio: alto, largo, claro e retumbante elogio. A mulher tem coragem de mamar em onça. Esta coragem de enfrentar a patrulha esquerdo-populista-demagógica é, podem acreditar, igual àquela com que enfrentou a prisão e a tortura.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
A mulher não recebeu a mulher
terça-feira, 14 de junho de 2011
Sigilo eterno
segunda-feira, 13 de junho de 2011
FOGO! ANISTIA! BRASIL SEM MISÉRIA!
sábado, 11 de junho de 2011
Heróis de Cuba
Recebi, via e-mail, algumas mensagens contendo matéria de Denise Ritter sobre um "julgamento simulado" realizado por um "Tribunal de Consciência" no Rio Grande do Sul. Esse "Tribunal" absolveu cinco cubanos presos nos Estados Unidos por alegados crimes de espionagem: Gerardo Hernández, René González, Antonio Guerrero, Ramón Labañino e Fernando González. Uma dessas mensagens foi enviada pelo meu amigo Alexandre Guedes, mas repassando mensagem do bravo militante socialista Jonas Araújo. Esse ardoroso defensor da Revolução Cubana, na sua mensagem, faz esta cobrança, em caixa alta:
"ONDE SE ENCONTRAM NESSA HORA, OS (AS) GRANDES PALADINOS (AS) DA DEMOCRACIA, QUE TANTO CRITICAM O REGIME CUBANO?".
Sendo que me considero paladino da democracia - embora dos mais modestos - e havendo bastante criticado a ditadura dos irmãos Castro, respondo por mim: estou encaminhando a mensagem para publicação no Portal 100 Fronteiras. Os cinco cubanos são referidos como heróis. Que sejam; e que sejam libertos. Mas não serão mais heróis do que Orlando Zapata Tamayo, morto nas prisões de Cuba após 85 dias de greve de fome, em fevereiro de 2010. Não serão mais heróis do que Guillermo Fariñas, seguidamente detido pela polícia cubana por causa da sua luta em defesa da liberdade dos presos de consciência da ditadura cubana. Nenhum desses, que são muitos, serão menos heróis do que os cinco cubanos presos nos Estados Unidos. Permito-me devolver a pergunta, de forma ampliada:
ONDE SE ENCONTRAM E ONDE SE ENCONTRAVAM OS DEFENSORES DO REGIME CUBANO NAS HORAS, DIAS, MESES, ANOS E DÉCADAS EM QUE OS DIREITOS DE LIBERDADE FORAM SISTEMATICAMENTE ESMAGADOS PELA DITADURA DE FIDEL CASTRO?
Façamos um "julgamento" ampliado, não seletivo. Vamos defender a liberdade dos prisioneiros de consciência de qualquer parte do mundo. Espero resposta de Alexandre Guedes, intrépido defensor dos Direitos Humanos. Espero resposta de Jonas Araújo. Espero resposta, comentários e participação de todos quantos se interessem pela Liberdade e pelos Direitos Humanos.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Escolinha do MEC
- Bons dia!, fessôra.
- Hoje a gente vamos fazer prova oral falada, sobre vários assuntos variados. Vou chamar por ordem analfabética: Ostinho?!
- Veeeeeeeenha!
- Ostinho, quanto é 10 menos 7?
- 10 menos 7 é 4, fessôra.
- Isso. E 16 menos 8, quanto é?
- 16 menos 8 é 6, fessôra.
- Certou de novo. Mas essas foi fárcio, agora vai uma dirfício. Me digue: com quantos grau ferve o ângulo reto?
- O ângulo reto ferve a 90 graus celsos, fessôra.
- Na mosca. Agora, pra tirá 10, me digue: por que esses grau de medição se chama-se celsos?
- Porque foram inventado pelo grande brasileiro Celsos Furtado.
- Esse minino sabe tudo. Nota 10. Vou xamar o próssimo, sempre por ordem analfabética: Gelzinha?!
- Aqui, fessôra.
- Gelzinha, vou perguntar geografia porque sei qui tu é bamba no assunto.
- Pode vim quente qui eu tô felvendo.
- Pois me digue: qualé a capital do Peru?
- A capital do Peru é a galinha, fessôra.
- Resposta muito criativa. Nós tinha decorado qui era Lima. Mas as decoreba num tá cum nada. E as capital véve tudo mudando de nome e de lugar.
- Permite uma parte, fessôra.
- Aqui num é o Senado, Ostinho; mas digue.
- Tem uma capital qui nunca mudou.
- Qualé?
- A do Equador. A capital do Equador é Quito; nunca mudou, é sempre Quito.
- É mermo, eu tinha sisquicido. Mas fique quéto qui eu tô perguntando pra Gelzinha. Gelzinha, e qualé a capital do Brasil?
- A capital do Brasil é a Zona Franca, fessôra.
- Certíçimo. Resposta sagaz. Agora, a úrtima, pra tirá 10. Quem discubril o Brasil?
- Quem discubril o Brasil foi o prisidente Lula, fessôra.
- Isselente, Gelzinha. Nota 10. Ô minina intiligente da mulesta! Terminou a aula, vocês pode sair pra fora.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Primeiro dia de aula: "Nós pegou Palocci"
- Fessôra Norma, nós pode dizer: "nós pega o peixe"?
- Claro que pode, Ostinho; mas tenha cuidado com o preconceito linguístico.
- Então, fessôra, nós também pode dizer: "nós pegou Palocci"?
- Poder, pode; mas precisa explicar melhor, contextualizar. Quem pegou Palocci? Por que pegaram Palocci? Quem é Palocci?
- Palocci é um peixe grande, fessôra; um tipo de robalo. Robalo-flecha, que é o maior dos robalo: um robalão. O robalo é peixe de água salgada, gosta de águas profundas, calmas, barrentas e sombreadas. Pra de comer, gosta de peixe pequeno, camarão e caranguejo; tudo acompanhado de vinho Romanée-Conti. Quem pegou o peixe robalo Palocci foi nós, o povo; nós, a opinião pública; nós, a imprensa; nós, os blog; nós que navega na internet.
- Ótimo! Contextualizou bem. Só falta esclarecer o motivo: por que pegaram Palocci?
- Fessôra, quem devia pegar Palocci era o Ministério Público, mas o Procurador Geral da República afrouxou. Aquele gordinho, peixinho baiacu, que é a cara do Jô Soares. O gordinho baiacu deu ré prá trás, dizendo que peixe também tem o direito de ficar rico, e coisa e tal. Nós pegou o peixe Palocci robalo porque ele tava fazendo negócios esquisito e escuso com os tubarão. Nós chamou ele na chincha e ele não deu explicação, ficou só rolando o lero. Nós não gostemos da conversa dele e nós balancemos as águas do mar. Tanto que a Dona do Mar entendeu que não convém peixe robalo nas suas águas e expulsou o Palocci robalo da casa.
- Que casa?
- Uma Casa que se chama Civil, mas que, vez por outra, parece a casa de Noca.
- E agora, para onde vai o peixe Palocci robalo?
- Vai morar no fundo do mar, num palácio que comprou por vinte milhão aos tubarão.
- Então vocês não pegaram ele.
- É verdade, fessôra, nós só tirou ele da toca. Agora é com os homem (pronuncia-se "uzômi") da Poliça Federá.
- Está bom, Ostinho. Ficou bem contextualizado. Nota 10 pra você.
- Só mais um coisa, fessôra Norma: eu tô falando errado direitinho?
- Está aprendendo. Pra falar errado certo, é preciso estudar muito. Mas achei lindo quando você disse "nós que navega". Navegar é preciso, norma culta não precisa. De norma, aqui nesta escola, basta eu.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Os "extremamente marxistas" e o "Budalocci"
Palocci: milionário com consultorias. Zé Dirceu: milionário com consultorias. Lula: milionário com palestras. Os petistas graúdos aburguesaram-se, estão podres de rico, por cima da carne seca, gastando à tripa-forra, comendo tudo e tomando todas, vivendo nababescasmente. Não lhes nego o direito, mas o PT podia acabar com o papo furado marxista: parar de falar mal do capitalismo, da burguesia, das "elites".
"Extremamente marxistas"? No PT? Só se for de sacanagem.