Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Em defesa de Sakineh Ashtiani, contra o horror e a covardia

Prepara-se no Irã um crime hediondo: o apedrejamento ou enforcamento de Sakineh Ashtiani, acusada de adultério. O mundo civilizado deve mobilizar-se contra essa barbárie. Do Governo brasileiro, presidido por uma mulher, espera-se o protesto mais veemente e que vá ao limite da pressão diplomática para impedir tal atrocidade. Não apenas é preciso impedir o crime de assassinato anunciado, como se deve exigir a libertação de Ashtiani. Todos os organismos de Direitos Humanos devem colocar a libertação de Sakineh Ashtiani na sua lista de prioridades. Isso, de forma particular, de forma geral deve ser prioridade das organizações de Direitos Humanos e das democracias priorizar, no sentido de primeira prioridade, libertar as mulheres da escravidão, onde quer que elas sejam escravizadas. A propósito, quero saudar a vigilância da professora Sônia van Dijck, que tem assumido a linha de frente da resistência contra crimes e abusos desse tipo; num momento em que outros, com responsabilidade institucional, calam-se. E ainda pior: com Sônia, espantei-me ao ver pessoas sedizentes democráticas e defensoras dos direitos humanos procurando justificar o crime contra Sakineh Ashtiani. Tal atitude é deplorável e deprimente: covarde, asquerosa, repulsiva como o próprio crime.

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