Na França Socialista, coitado do Palocci

Na França, o candidato socialista a Presidente, François Hollande, quer taxar em 75% quem tiver renda de mais de 1 milhão de euros (cerca de 2 milhões de reais) por ano. Alguns socialistas brasileiros ganham isso por mês. O ex-ministro Palocci, por exemplo, levanta uma "merreca" dessas com uma ou duas consultorias. No caso de vitória dos socialistas de lá, acho que, por cautela, Palocci e outros socialistas bilionários de cá nunca mais irão visitar Paris.

O Dicionário Houaiss e a inquisição "politicamente correta"

Está no Portal Terra. O Ministério Público Federal, em Goiânia, entrou com ação contra a Editora Objetiva e o Instituto Antônio Houaiss "para imediata retirada de circulação, suspensão de tiragem, venda e distribuição do Dicionário Houaiss". Isso porque no verbete "cigano" constam conotações pejorativas do termo. Quem promoveu a ação foi o procurador Cléber Eustáquio Neves. Não é possível que tal cretinice prospere, mas o fato de um Procurador do MPF arriscar-se a tal truculência já assusta. O "politicamente correto" já tentou excluir Monteiro Lobato das escolas, já tentou ensinar "nóis a pegá os peixe", já tentou rebatizar anão de "verticalmente prejudicado" (eu, se fosse anão, dava um cacete). Agora pretende não apenas censurar, mas abolir os dicionários. Com efeito, se a ação do preclaro Procurador prosperar e for acatada em última instância, fazendo jurisprudência, de forma que todos os dicionários sejam submetidos à tutela "politicamente correta", não sobrará um único em circulação, irão todos para a fogueira. Todavia, ao pobres dicionários, restará um consolo: será proibida o uso da expressão pejorativa "pai dos burros"; quem a pronunciar será igualmente torrado na fogueira da inquisição "politicamente correta".
Já disse e reafirmo: se a "ditadura politicamente correta" for implantada no Brasil, mudo-me para a Coréia do Norte; para viver sob o jugo da "Ditadura do Proletariado", que é mais suave.

As lutas e a lealdade de Eleonora Menicucci

Como exposto em posts anteriores, conheço Eleonora Menicucci de lutas passadas. Eu e outros que a conheceram nos fins dos anos 70 erguemos a ela uma brinde, na sexta-feira de carnaval, lá no Bar do Arruda. A nossa lutadora tem novas batalhas pela frente, e já começa com imensa contribuição: posições claras. Entendo que as tentativas liberticidas da ala autoritárias do PT escoram-se, principalmente, na dissimulação. Tais tentativas têm sido bloqueadas por uma resistência democrática difusa e descontínua. Isto porque o PT autoritário dá sempre um passo atrás quando seu autoritarismo é flagrado. Se a resistência ao autoritarismo petista abrandar, o partido dará dois passos à frente. Porém, nem todos no PT são autoritários. Creio, inclusive, que a Presidente Dilma tem enfrentado a ala autoritária do PT com relativo sucesso. Ela não tem condições de romper, mas tem conseguido conter. Sobre a dissimulação petista, vejam essa: para estabelecer a censura com alguma doçura, inventaram a expressão "controle social da mídia". Não colou. A própria Presidente Dilma reagiu, dizendo que o único controle de mídia que leva em consideração é o "controle remoto". Aí os neo-censores reinventaram, agora querem a "democratização dos meios de comunicação". É de lascar. Sendo a dissimulação arma rotineira dos petistas autoritários, Eleonora é a sua negação. A Ministra tem causado imensa polêmica porque afirma suas posições com todas as letras. Mas também diz que é seu dever seguir as orientações do Governo. Corretíssima: não aceita censura, mas é capaz de assumir um compromisso de lealdade, mesmo a custo de inibir algumas convicções. Conto com que ela permaneça firme ao lado da Presidente, resistindo aos surtos do autoritarismo petista.

fascismo chavista em perigo

Na Venezuela, a oposição deu demonstração de força e união nas prévias que indicaram Henrique Capriles para disputar a presidência contra Chávez. Pode não ganhar e pode ganhar e não levar. Mas já fez tremer o fascismo chavista. É o que se pode ver pela reação truculenta e sebosa dos chávez-fascistas, que já utilizaram a TV estatal para "acusar" o candidato oposicionista de envolvimento homossexual.

Homenagem a Eleonora Menicucci

Depois da publicação do post abaixo, onde iniciamos a articulação de um encontro de amigos e admiradores de Eleonora Menicucci, mantive contato com muitas pessoas daqueles tempos e daquelas lutas ("anos de chumbo", Anistia, etc.); entre as quais José Calistrato Cardoso Filho, que, como já disse, não estava conosco lutando nas ruas porque estava resistindo na prisão (presídio de Itamaracá). Uma vez libertos, ele e outros ex-presos políticos juntaram-se a nós, nas ruas, na luta pela redemocratização. Calistrato confirmou presença e disse que outros ex-presos políticos deverão comparecer à Homenagem a Eleonora. Também se dispôs, com grande entusiasmo, a participar da organização do evento. Data, hora e local estão confirmados:

Data: 17/02/2012 (sexta-feira carnavalesca)
Hora: 17:30
Local: Restaurante Quiosque Nº 1 do Arruda (no Bessa - na praça da Rua Fernando Luiz Henrique - vizinho ao restaurante Sal e Brasa).

Quem quiser confirmar presença usando a área de comentário deste Blog, será bem-vindo. E mais bem-vindo será quando chegar ao local do evento. Qualquer dificuldade, enviem mensagem para o e-mail: rochealves@yahoo.com.br ou liguem para os celulares: (83) 8836-5493 (Washington) e (83) 8835-4535 (Calistrato).

O evento será muito simples. As pessoas reúnem-se, erguem um brinde à Homenageada, rememoram os velhos tempos. Quem quiser, faz discurso (questão de ordem companheiro!, não pode ser discurso longo: "discurso bom é discurso curto"). O Portal 100 Fronteiras pagará a primeira rodada de cerveja (100 reais: marketing básico). Fará também uma grande reportagem, com depoimentos e muitas fotos. Porventura, outros órgãos da mídia registrarão a Homenagem à nova titular da Secretaria de Política para Mulheres. Tudo será enviado para a Ministra Eleonora Menicucci. Acreditamos que ela ficará feliz com o reconhecimento dos que acompanharam suas lutas na Paraíba.

Este post, está claro, é uma conclamação e um convite. Até lá.

Tim! Tim!

Eleonora Menicucci: a memória, a mulher, a luta

Para comandar a Secretaria de Política para Mulheres, que tem status de Ministério, a Presidente Dilma escolheu uma mulher e tanto: Eleonora Menicucci. Desde a juventude, Eleonora fez história pelo Brasil afora, inclusive dentro da cadeia, onde esteve junto com a jovem Dilma Roussef. Eu a conheci em um momento esplendoroso da luta democrática: a Campanha pela Anistia Ampla Geral e Irrestrita, que impulsionada a partir de Universidades, Colégios, Igreja e Sindicatos, invadiu as ruas do Brasil, empolgou a Nação, venceu a luta, libertou os presos políticos, trouxe os exilados de volta à Pátria e, tal rio caudaloso, rompeu as barreiras e diques do autoritarismo, abrindo o caminho da redemocratização. Nesta época, estávamos na UFPB, ela como professora e eu como aluno, ambos na luta. Eu fui o presidente do Comitê Brasileiro pela Anistia-secção/João Pessoa. Nas muitas assembleias e comícios (atos-públicos) que realizamos, acompanhei e observei, encantado, o jeito vigoroso e esfuziante com que Eleonora eletrizava os que a ouviam e viam. Acrescento o óbvio verbo "ver" porque Eleonora, se era impressionante de se ouvir, era ótima de se ver: de uma beleza exótica, exuberante e exultante. E não apenas na campanha da Anistia, mas em várias outras lutas, especialmente na luta feminista, Eleonora era "a cara da luta". Quero lembrar outros nomes daqueles que, aqui na Paraíba, naqueles tempos e naquelas lutas, conviveram com Eleonora Menicucci e nela tiveram um exemplo e um símbolo (já pedindo perdão pelas inevitáveis omissões; pecado, aliás, fácil pagar, pois basta que me lembre, ou que me lembrem, para que eu faça um novo post): Dora Isabel, Altino, Walter Aguiar (o Walter Preto), Walter Dantas (o Walter Branco), Assis Fernandes, Valquíria Alencar, Jáder Nunes, Edmilson, Rufino, Bertônio, Gato e Darlene, Isa Arroxelas, Antonio Augusto Arroxelas, Eliane Monte, Madalena, Violeta Ribeiro, Irlânio Ribeiro, Ronaldo Barbosa, Idalmo, Wanderly Farias, Ivo Ribeiro, Alberto Nunes, Alfredo Machinho (comunista da velha guarda que assim se chamava por ser baixinho e bravíssimo), Carlos Alberto, Sérgio Botelho, França, Heriberto Coelho, Zé Ricardo, Anísio Maia, Luis Couto, Edvaldo Rosas, Wilson Aragão, Careca, Elisa Mineiros, Alberto Magno, Vandinho, José Euflávio, Agamenon Sarinho, Balbino, Isabel, Altemir Garcia, Sânia... Tem muita gente mais, de quem lembro tudo, menos o nome. Quem lembrar, por favor, lembre-me. A todos proponho uma reunião festiva para prestar Homenagem a Eleonora Menicucci e parabenizar a Presidente Dilma por tão magnífica escolha. Alguns dos que citei - e outros de que me lembrarei - estão já no Céu (uns a contragosto, porque eram ateus), mas poderão participar em espírito. Vamos combinar data e local. Aliás, conversando com Wanderly, Ivaldo, Zé Ricardo e José Calistrato (Calistrato foi da ALN, que, para ele,  continua viva; na campanha da Anistia, não estava nas ruas conosco, porque estava no presídio de Itamaracá), acertamos, em princípio, a data de 17/02 (uma sexta-feira carnavalesca), a começar pela boca da noite. O local, a gente acerta de amanhã para depois de amanhã. Quem concordar e quiser participar, confirme neste Blog, nos comentários. A primeira rodada de cerveja (100 reais, que é para fazer um marketingzinho básico) o Portal 100 Fronteiras paga. Tim! Tim!