Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Mídia e fascismo: o discurso pós-safado de Tarso Genro

Mais uma vez concordo com a Presidente Dilma: presunção de inocência é um princípio civilizatório. Mas a liberdade de imprensa é também princípio civilizatório. É este princípio que a ala autoritária do PT quer destruir, e não por amor àquele outro princípio, mas por amor ao poder. Vejam: o PT nunca presumiu a inocência dos seus adversários, pelo contrário, atacou-os ferozmente a qualquer motivo ou mesmo sem qualquer motivo que não a luta política. Acusou-os com ou sem razão. E chegou ao poder por esse caminho. Não teria chegado ao poder se a imprensa não tivesse feito ampla cobertura das suas denúncias e se não tivesse usado as denúncias da imprensa como instrumento de ataque político. Agora, estando no poder, a ala autoritária do PT quer controlar a imprensa. O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, petista histórico, acusou a imprensa (a mídia em geral) de compor um "tribunal comunicacional", fazer "justiça paralela" e criar um "fascismo pós-moderno". Segundo Tarso, esse fascismo midiático "faz vibrar a classe média ingênua". Essa acusação é uma sem-vergonhice sem tamanho. Contra a mídia e contra a classe média. E é, também, tremenda ingratidão. A mídia a que ele se refere não é fascista, mas historicamente antifascista. A classe média a que ele se refere não é ingênua, é, por excelência, esclarecida. A união desta com aquela impulsionou o PT rumo ao poder. Eventualmente, tal união pode também ajudar a tirar o PT do poder, sendo a alternância no poder um outro princípio civilizatório e regra comezinha da democracia. É essa alternância que a ala autoritária do PT não admite. Daí os reiterados ensaios liberticidas que expõem a cara autoritária do PT. Daí o discurso - este sim - fascistizante e pós-safado de Tarso Genro.  

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