Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O poder e a subserviência

O Blog do Noblat traz uma reportagem de espantar sobre o relacionamento da presidente Dilma com seus auxiliares. Segundo a fonte anônima do blogueiro, Dilma destrata seu pessoal frequentemente, por motivos fúteis, de forma humilhante. Tão humilhante que custa acreditar. Foram citados três ministros humilhados: Ideli Salvatti, Maria do Rosário e Antonio Patriota. Não quero acreditar,  mas se tal procedimento não for desmentido pelos citados, haverei de acreditar e deplorar. Considero isso coisa grave. Os despotismos engendram relacionamentos deste tipo, as democracias não deveriam engendrá-los. Segundo Noblat, quem conviveu com Lula e agora convive com Dilma diz que, em relação a ela, ele é um doce de côco; embora, de vez em quando, também destratasse (mas pedia desculpas). Destratava principalmente seu ministro chefe de gabinete, Gilberto Carvalho. Este, aliás, é um caso patológico de subserviência, pois, publicamente, não se pejou de considerar as "broncas" de Lula de forma afetuosa e até com certo orgulho. Será possível entender os destemperos de Dilma e Lula (poder, quando sobe à cabeça, é fogo), mas não será possível justificá-los. As subserviências dos ministros, não será possível justificá-las nem entendê-las. É uma tristeza. Lembremos, a propósito, a velha e magnífica máxima de Calderón de la Barca, muitas vezes usada por homens e mulheres de fibra: "Ao rei tudo, menos a honra".  

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