O Debate que a Associação Paraibana de Imprensa promoveria hoje (quarta-feira, 28 de setembro) sobre o livro "Natureza e Excelência da Liberdade e da Democracia" foi adiado mais uma vez. O jornalista João Pinto, presidente da API, argumentou que realizar o evento tão próximo das eleições municipais poderia comprometer o sucesso do mesmo. Sem dúvida o argumento é convincente. O presidente João Pinto garantiu que na próxima semana - pós-eleições - a Diretoria da API se reunirá para marcar uma data definitiva. Portanto, o Convite, tal como abaixo reproduzido, continua valendo, esperando apenas a modificação da data. Contamos com vocês.
Blog Rocha 100
“No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
Argumento convincente: por recomendação do presidente da API, jornalista João Pinto, o Debate da Liberdade foi adiado para depois das eleições
O Debate que a Associação Paraibana de Imprensa promoveria hoje (quarta-feira, 28 de setembro) sobre o livro "Natureza e Excelência da Liberdade e da Democracia" foi adiado mais uma vez. O jornalista João Pinto, presidente da API, argumentou que realizar o evento tão próximo das eleições municipais poderia comprometer o sucesso do mesmo. Sem dúvida o argumento é convincente. O presidente João Pinto garantiu que na próxima semana - pós-eleições - a Diretoria da API se reunirá para marcar uma data definitiva. Portanto, o Convite, tal como abaixo reproduzido, continua valendo, esperando apenas a modificação da data. Contamos com vocês.
terça-feira, 27 de setembro de 2016
Gonzaga Rodrigues, decano do jornalismo paraibano, estará na Mesa do Debate da Liberdade
Mestre da crônica, democrata intrépido, ícone e decano do jornalismo paraibano, Gonzaga Rodrigues aceitou nosso chamamento e estará nesta quarta-feira na Mesa do Debate da Liberdade. É uma grande honra e mais um motivo a tornar imperdível este evento promovido pela API. Vejam no Convite, abaixo reproduzido, como ficou a Mesa Debatedora.
sábado, 24 de setembro de 2016
Declaração de voto: Luciano Cartaxo Prefeito/Durval Ferreira Vereador
rocha100.blogspot.com.br
Eu fui às ruas e fiz discursos pelo impeachment de Dilma Rousseff, da mesma forma que fiz quando da campanha pelo impeachment de Collor de Mello. Então, do ponto de vista político-ideológico, de forma coerente, resolvi não votar em partidos ligados ao lulopetismo, a poderosa aliança da esquerda autoritária com a direita fisiológica que, sob a égide da corrupção, governou o país por 13 anos. O próprio PT já fala, novamente, em refundação; para isso, o melhor caminho é que volte à oposição e faça política sem o dinheiro fácil da corrupção. Assim, um dos motivos pelo qual voto em Luciano Cartaxo é que ele, em muito boa hora, saiu do PT. Motivos de vizinhança, amizade ou parentesco não há, conheço Luciano superficialmente. Vamos aos motivos administrativos. Considero Luciano Cartaxo um prefeito regular, mais para bom do que para ruim. Das suas realizações destaco as creches, os restaurantes populares a 1 real a refeição e a reforma/revitalização do Parque da Lagoa/Parque Solon de Lucena. Ficou muito bom o Parque, sendo preciso lá um ou outro reparo para ficar excelente.
Meu voto para vereador terá uma motivação político-ideológica um tanto, digamos assim, nostálgica; e que inclui alguma amizade. Eu muito me identifiquei com o trabalhismo e militei no PDT ao tempo de Leonel Brizola (o PDT entrou em declínio e, tristemente, tornou-se satélite do PT; mas isso é outra história). Por esse tempo e no contexto de uma aguerrida militância, conheci Durval Ferreira. Juntos com outros companheiros trabalhistas viajamos ao Rio de Janeiro para tratar com a Direção Nacional de certos temas espinhosos do PDT paraibano. O comandante da nosso caravana foi o excepcional quadro político, intelectual brilhante, extraordinário homem de cultura Raimundo Nonato Batista, amigo querido da mais saudosa lembrança. Brizola nos recebeu com grande atenção, no seu apartamento de Copacabana. De volta à Paraíba, esse grupo que foi ao Rio permaneceu junto tentando resgatar o PDT no nosso Estado do fisiologismo e personalismo em que se ia afundando. Pois bem, hoje meu contato pessoal com Durval é quase nenhum, mas ficou a recordação dos tempos áureos do trabalhismo brizolista. As motivações político-administrativas mais locais serão fáceis de explicar e os pessoenses poderão avaliar. Considero Durval Ferreira o melhor Presidente que a Câmara Municipal de João Pessoa já teve (pelo menos até onde alcançam minha memória e minhas pesquisas). Com ele, a CMJP manteve sempre equilíbrio e serenidade, com altivez. Tocou os trabalhos, a Câmara produziu bem. Em suma, sob a Presidência de Durval Ferreira, a CMJP deu conta do recado. Tanto isso é verdade que seus pares o reelegeram presidente da Casa do Povo nada menos de cinco vezes. Seria lamentável que tão experiente, testado e reconhecido edil ficasse fora da próxima legislatura. Devo acrescentar que até pouco tempo tinha outro candidato a vereador, pois contava com que Durval Ferreira fosse candidato a vice-prefeito na chapa de Luciano Cartaxo. Não aconteceu como eu previa e queria. Sendo assim, espero que meu candidato preterido, um bom amigo, compreenda e me desculpe.
Luciano Prefeito-55/Durval Vereador-11411.
Voto e faço minha campanha, que é apenas a de pedir voto para meus candidatos.
Viva a Democracia! Por uma João Pessoa mais justa, igualitária, próspera, segura e feliz!
Washington Alves da Rochae-mail: rochealves@yahoo.com.br ; (83) 98744-2140.
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
Primavera Azul: API realiza debate sobre Liberdade e Democracia (adiado para 28/09)
A Associação Paraibana de Imprensa –API – realiza na próxima quinta-feira (22), às 17 horas, um debate sobre o livro “Natureza e Excelência da Liberdade e da Democracia – Artigos e ensaios sobre política e sociedade”. O debate será mediado pelo jornalista, Cristiano Machado, secretário geral da API.
domingo, 18 de setembro de 2016
Por mais que Lula seja ladrão...
Lula é um político demagogo, mentiroso e embusteiro. Seus discursos são rasos, lastreados pela ignorância, descambando muitas vezes para a vulgaridade mais chula. Contudo, tem quem goste. Uma filósofa marxista-petista chegou a dizer que "quando Lula fala, o mundo se ilumina". A última iluminação de Lula está dando muito o que falar. Recordemos a pérola já de todos conhecida, pronunciada em reação a mais uma denúncia de crimes de corrupção feita contra ele por procuradores da Lava Jato:
“Eu, de vez em quando, falo que as pessoas achincalham muito a política. Mas a profissão mais honesta é a do político. Sabe por quê? Porque todo ano, por mais ladrão que ele seja, ele tem que ir para a rua encarar o povo, e pedir voto. O concursado não. Se forma na universidade, faz um concurso e está com emprego garantido o resto da vida. O político não. Ele é chamado de ladrão, é chamado de filho da mãe, é chamado de filho do pai, é chamado de tudo, mas ele tá lá, encarando, pedindo outra vez o seu emprego”.
As redes sociais estão estraçalhando essa fala destrambelhada, estúpida, indecente; onde, além de afirmar a honestidade de políticos ladrões, Lula ofende os funcionários públicos concursados. Impulsionados pelas redes sociais, comentaristas independentes da grande imprensa também começaram a destacar a grossa estupidez do "iluminado". Já os comentaristas mortadelas estão inibidos, fogem do assunto e se fixam em ataques aos procedimentos dos procuradores da Lava Jato.
Realmente, está ficando difícil. Mas os mortadelas têm a casca dura. Por mais que Lula seja ladrão, por mais que se prove que Lula é ladrão, mesmo Lula defendendo a honestidade de políticos ladrões em discurso público; ainda assim, Lula continuará contando com sua multidão de deslumbrados, com seu séquito de idólatras, com seu exército de fanáticos. Todavia, essas legiões lulistas estão diminuindo, minguando. Ao fim, restará a Lula pagar na Justiça pelos seus crimes. Aos lulistas fanáticos e cúmplices restará entoar o brado de "Lula, guerreiro, do povo brasileiro"; como fizeram com Zé Dirceu, com Delúbio, com Vaccari e com outros chefes petistas devidamente processados, julgados, condenados e presos. Aos lulistas deslumbrados e inocentes, espero que reste um esforço de libertação; e que se libertem.
O Debate da Liberdade: quinta-feira/22/09 na API
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
Lula convoca o vermelho, democratas devem responder com verde, amarelo, azul e branco
Denunciado mais uma vez, agora por promotores da Lava Jato, Lula, como todo mundo deve ter visto, respondeu com mais um discurso estúpido. Tentou convencer que está na mira da Justiça porque nasceu pobre e, quando operário, não tinha 50 centavos para o ônibus e ia a pé para o trabalho. Acrescentando que o ódio no Brasil cresceu contra ele porque fez muitas coisas boas. Não é nada disso, a Justiça está agindo contra Lula porque ele está atolado até as barbas em escandalosos casos de corrupção; e todo mundo sabe disso. Lula disse também que os políticos são as pessoas mais honestas e desmereceu os funcionários públicos concursados. Falou lá mais de uma hora cretinices. Já para o fim, imitando Collor de Mello, Lula convocou uma determinada cor. Lembrem-se que Collor se deu mal, não apareceu a cor que ele queria. Lula também vai se dar mal. O chefe Jararaca quer que seu exército zumbi vá às ruas vestido com a camisa vermelha do PT. Os democratas, adversários da corrupção, irão responder com as cores da bandeira brasileira: verde, amarelo, azul e branco: "Salve lindo pendão da esperança!".
Nada contra a cor vermelha. Pelo contrário, acho que fica bem bonita na bandeira tricolor da França: "bleu, blanc, rouge". Apenas, por enquanto, a cor vermelha está representando no Brasil a corrupção e a mentira. Eu tenho uma bela camisa vermelha de que gosto muito. Mas, por causa da convocação vermelhista de Lula, vou ter de aposentá-la por algum tempo. Para minha sorte, embora não desgoste da cor vermelha e de nenhuma outra, a minha cor preferida é o azul. Havendo sempre de recordar que "A LIBERDADE É AZUL".
sexta-feira, 9 de setembro de 2016
"La Droite et la Gauche": conclusão da réplica a José Octávio
Sempre é possível que algo que intencionamos não fique suficientemente claro no que escrevemos, por isso mesmo uma das grandes vantagens do debate crítico é possibilitar, na réplica, a reafirmação enfática e melhor explicada do intencionado. Então, na conclusão da minha réplica à análise crítica do historiador José Octávio de Arruda Mello, retomo o que vinha abordando no post anterior: não saí da extrema esquerda para ir para a extrema direita, como equivocadamente interpretou o historiador, possivelmente devido aos meus ataques exacerbados ao marxismo-leninismo e neomarxismos, vazados em um estilo "pamphlet" que me foi próprio durante meus tempos de bolchevista e que me acompanha ainda hoje quando me declaro "ardente democrata" (sempre me foi difícil conter esse meu instinto panfletário). A democracia, está claro, comporta direita e esquerda, que costumam se revesar nos governos das sociedades abertas. O que a democracia não comporta são os extremismos, os fanatismos, que só se podem impor - e historicamente se impuseram - na forma de regimes totalitários: totalitarismos de esquerda, ditos "comunismo", "bolchevismo", "stalinismo", "maoismo", etc.; e totalitarismos de direita, ditos "fascismo", "nazismo", "nazifascismo".
Norberto Bobbio não é panfletário, mas é bastante firme nos seus enfrentamentos; como neste nocaute crítico, onde refuta no marxismo:
"...filosoficamente, o determinismo e o materialismo, ou seja, a negligência das forças morais que movem a história, economicamente o coletivismo global, politicamente o inevitável êxito do Estado materialista e coletivista". (Bobbio. Teoria Geral da Política. Rio de Janeiro. Elsevier/Campus 2000).
Com efeito, depois dessa demolição crítica, verdadeiro cruzado de esquerda no queixo do marxismo, não parece restar muita coisa do marxismo. Todavia, Bobbio conviveu muito bem com os marxistas, detestando apenas os marxistas fanáticos, como detestou todos os fanatismos.
Exponho no meu ensaio extensas invectivas de Bobbio contra a extrema-esquerda. Ao escrevê-las, Bobbio estava comovido e mobilizado desde as entranhas contra grupos de fanáticos, como a organização marxista das Brigadas Vermelhas ("Brigate Rosse"), a mais atuante do terrorismo que eclodiu na Itália na década de 70, tendo, dentre outras atrocidades, sequestrado e assassinado, em 1978, o ex-primeiro-ministro Aldo Moro. Às invectivas de Bobbio quero acrescentar outras palavras poderosas de repúdio ao terror, aquelas ditas por Chaim Herzog, um ex-presidente de Israel, em discurso de homenagem ao primeiro-ministro Yitzhak Rabin, assassinado por um fanático religioso em 1995. Transcrevo do excelente livro "História de Israel", de Martin Gilbert:
"...se não vomitarmos a maldição, se não desenraizarmos o câncer, se não nos livrarmos desse grupo de fanáticos dementes - essa mancha de desonra para nosso povo - estaremos, que Deus nos ajude, sujeitos a testemunhar de novo esse pesadelo". E Herzog conclui seu comovido discurso com palavras incandescentes e, infelizmente, atualíssimas, devido ao avanço do terror do Estado Islâmico: "Os fogos da destruição estão queimando a orla do campo. Se não nos apressarmos, todos juntos, para apagá-los, toda nossa casa será destruída".
Norberto Bobbio e Chaim Herzog levantaram-se contra o fanatismo em contextos específicos, mas suas atitudes corajosas e palavras candentes têm força de alerta universal. Venham de onde vierem, os extremismos e fanatismos são os mais perigosos inimigos da "casa da Democracia"
"La Droite et la Gauche". Isso vem da Revolução Francesa e os termos podem estar desgastados, mas ainda são largamente usados. Norberto Bobbio escreveu um livro, "Destra e Sinistra", especialmente para explicá-los e revalidá-los numa significação recontextualizada. E aproveitou para reafirmar sua posição política de esquerda. Na perspectiva política de Bobbio, também eu me declaro de esquerda. Esquerda democrática, por óbvio; porquanto para mim, tanto quanto para Bobbio, o superior bem político não é a esquerda ou a direita, mas sim a democracia.
Os bolchevistas costumam reduzir retoricamente todos os que não se submetem aos seus interesses a representantes ou lacaios da direita fascista. O bolchevismo/marxismo-leninismo é uma doutrina em decadência, apodrecida, mas que se recicla como pode. No Brasil, por exemplo, o PT, apoiado por padres da "Teologia da Libertação", nasceu católico-bolchevista. Chegando ao poder, namorou e terminou por se amancebar com a direita mais fisiológica e corrupta. Quando seu poder, devido principalmente a escândalos de corrupção, foi abalado, voltou ao figurino bolchevista e passou a rotular todos os adversários de "direitistas" e "fascistas". Eu não dou importância a patrulhamentos, mas há quem dê e há quem se confunda. Em política, é sempre conveniente esclarecer. Norberto Bobbio, no citado livro, exponencia a alternância de poder - alternância que se dá usualmente entre esquerda democrática e direita democrática - como condição inerente às regras do jogo democrático. Declarando-se do campo da esquerda dentro desse jogo, o filósofo cria uma bela imagem ao dizer que "a igualdade é a estrela polar da esquerda". Porém, outra estrela fulgura no céu democrático, e é a estrela da liberdade. Como tento demonstrar no meu ensaio, explicar essa indissociabilidade entre liberdade e igualdade na construção da democracia moderna constitui o escopo de grande parte da obra de Bobbio. Liberdade e igualdade que ele traduz politicamente por liberalismo e socialismo.
Não foi o bolchevismo que inventou a mentira, dizem que foi o Diabo, chamado também, dentre outros mil nomes, de "Pai da Mentira". Mas o bolchevismo fez da mentira o eixo de toda a sua "narrativa" histórica e de sua estratégia de proselitismo, de convencimento de ingênuos e idiotas. Apeados do poder, o PT e seus satélites radicalizam a velha estratégia bolchevista: mentem como o Diabo. E ameaçam apelar para a estratégia igualmente diabólica da violência. Não se pode prever com segurança se chegarão a extremos, mas a democracia precisa sempre estar prevenida contra as artes do Diabo.
Eu considero o marxismo uma doutrina ruim, porém concedo-lhe o crédito de ter sido, a partir da revisão de Eduard Bernstein, a origem da velha e boa social-democracia. É bem verdade que a revisão de Berstein foi tão larga que pouco sobrou de marxismo no ideário e, principalmente, na prática da Segunda Internacional, também dita Internacional Socialista. No amplo arco daquilo que podemos chamar de esquerda democrática, a social-democracia e o trabalhismo são as mais notáveis correntes; a elas me filio, da mesma forma que me filio ao liberalismo. Vejam, social-democracia e trabalhismo não são alternativas à democracia liberal, são, para usar uma expressão de Bobbio, um "alargamento" desta. A prova disso é que se alternam no poder com partidos da direita democrática, conservadores ou liberais, dentro das regras da democracia representativa. Numa retrospectiva histórica, poder-se-á especular que, em países como a Alemanha e a Inglaterra, se agenda de promoção da classe trabalhadora levada a cabo pela social-democracia e pelo trabalhismo não fosse periodicamente equilibrada pela agenda econômica de partidos liberais e conservadores, esses países teriam quebrado e as conquistas sociais teriam ido para o espaço sideral. A social-democracia e o trabalhismo não prometeram o paraíso à classe trabalhadora, mas a levaram a conquistas formidáveis, na forma de benefícios concretos, avançando muito na construção dos direitos de igualdade material, exigência indeclinável da democracia moderna, juntamente com os direitos de liberdade, característicos do liberalismo clássico. A social-democracia e o trabalhismo não criaram o paraíso, mas criaram o "Welfare State". Esse "Estado de Bem-Estar Social" não é perfeito, mas sempre pode ser melhorado. Porém, antes de ser melhorado, precisa ser sustentado. E só pode ser sustentado por uma exponencial produção de riquezas que só tem sido possível nas economias de livre mercado, com propriedade privada dos meios de produção, iniciativa individual, concorrência, competição e lucro.
Quanto ao marxismo-leninismo, além da economia totalmente estatizada, planificada e centralizada, produziu principalmente a desgraça da servidão e da morte; é tão repulsivo quanto o nazifascismo e deve ter o mesmo destino: a lata de lixo da história.
terça-feira, 6 de setembro de 2016
A luta continua! 7 de Setembro é um bom dia para a Democracia
Milhões de brasileiros, em seguidas manifestações, foram às ruas contra a ditadura da corrupção do PT. Em consequência desse clamor democrático, na quarta-feira, 31 de agosto, a presidente foi definitivamente afastada pelo Senado Federal em votação que concluiu o processo constitucional do impeachment. Dilma foi pro brejo. Mas a luta continua e não é só no Brasil. No dia seguinte, 1º de setembro, o povo venezuelano ocupou as ruas da capital do vizinho país numa manifestação histórica. A chamada "Tomada de Caracas", que deu sequência a uma série de outras grandes manifestações em defesa de liberdade e democracia, teve como objetivo pressionar pela realização do Referendo Revogatório para tirar do poder o presidente chavista/fascista Nicolás Maduro. O Revogatório é previsto na Constituição venezuelana e a lei que rege o processo foi aprovada pela Assembleia Nacional. Ocorre que o regime chavista/fascista aparelhou e subjugou o poder judiciário e faz de tudo para impedir a consulta final aos eleitores, que, com toda certeza, enviarão o Maduro, já de muito apodrecido, para o quinto dos infernos. Em menor número, os defensores do podre Maduro também têm feito manifestações, e acusam os milhões de opositores, vejam só, de fascistas; e dizem que o Revogatório "é golpe". Ou seja, é tudo muito parecido com o Brasil.
Aqui no Brasil, domingo passado, os lulopetistas (PT e seus satélites) foram mais uma vez às ruas dizer que o impeachment foi "golpe" e gritar "Fora Temer!". É um direito deles. Mas nem eles querem que a Dilma volte; querem nova eleição para presidente, um carnaval eleitoral fora de época. E querem também a prisão do juiz Sergio Moro. Expressar tamanha extravagância também pode, mas é de uma espantosa arrogância, é uma afronta ao bom senso e à decência, é um despropósito, é uma sem-vergonhice, é muita estupidez. Mas pode. O que não pode é a violência: agredir, tocar fogo, depredar, destruir.
A luta política é assim: de um lado e de outro, sempre continua. Amanhã, 7 de Setembro, será um excelente dia para os defensores da Democracia e da Justiça darem resposta aos autoritários pró-corruptos que querem a prisão do juiz Sergio Moro. Ao verde e amarelo que marca o Dia da Pátria, vamos acrescentar as palavras de ordem da luta democrática; em cartazes, em faixas, em adereços, na nossa voz:
ABAIXO A CORRUPÇÃO! TODO APOIO À LAVA JATO E AO JUIZ SERGIO MORO!
FORA PT!
SOLIDARIEDADE AO POVO DA VENEZUELA CONTRA O FASCISTA MADURO!
VIVA O BRASIL!
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
O impeachment de Dilma Rousseff, o "mortadelismo histórico" de Chico Buarque e a violência fascistóide do lulopetismo agonizante
"Julgamento da história" é uma figura de retórica. A rigor, a história não julga, sempre quem julga são homens; e são os homens que fazem a história. A esquerda marxista, autoritária, fetichizou essa figuração, usando-a para validar numa instância distante no futuro quaisquer atos no presente, por mais repulsivos que possam ser. O marxismo é um ateísmo que se transformou em religião perversa; uma religião sem Deus, substituído ora por déspotas idolatrados, ora por fetiches como "o partido", "o determinismo econômico", "a história". O fetiche marxista da "história", ora reivindicado pela esquerda mortadela brasileira, foi expresso em música pelo grande compositor Chico Buarque de Holanda, um mortadela de luxo: "A história é um carro alegre / Cheio de um povo contente / Que atropela indiferente / Todo aquele que a negue".
Para os marxistas revolucionários, os que "negam a história" são todos aqueles que contrariam sua doutrina de ódio e violência. Por essa certeza histórica, os revolucionários marxistas atropelaram indiferentes, esmagaram, exterminaram milhões de pessoas: na Rússia, na China, no Cambodja... Parte desse "determinismo histórico" foi para o lixo com o fim do império totalitário soviético, mas continua atropelando em regimes como o da Coreia do Norte, sob o comando do risonho e alegre ditador Kim Jong-un. Mais perto do Brasil, na Venezuela, o "Socialismo do Século XXI" está atropelando indiferente num carro conduzido pelo fascista podre Nicolás Maduro. No Brasil, o "mortadelismo histórico" de Chico Buarque invadiu o plenário do Senado, onde o compositor foi acompanhar o impeachment da ex-presidente mortadela Dilma Rousseff. A tropa de choque mortadela no Senado, comandada por Lindbergh Farias, ameaça os adversários com o "julgamento da história", sem nenhuma preocupação com o julgamento nos tribunais inferiores e no STF de companheiros envolvidos "em tenebrosas transações". E aproveitam para insuflar os militantes mortadelas, que após o impeachment de Dilma foram para as ruas quebrar, arrebentar e tocar fogo, naquela receita de violência típica de bolchevistas e fascistas. A própria mortadela cassada, que foi um desastre como presidente, revelou-se uma fogosa amotinadora, inflamando a militância de um lulopetismo já agonizante. Já o chefe-maior mortadela, o Lula, anda acabrunhado, prostrado, desanimado e triste; talvez desconfiado que o julgamento da Justiça brasileira lhe seja adverso, por mais confiança que os mortadelas possam ter no "julgamento da história".