Lula da Silva proclamou a República da Jararaca em 4 de março do corrente ano de 2016; sendo esta República venenosa a tentativa desesperada de continuação de 13 anos de poder do lulopetismo, largo arranjo político sustentado, principalmente, pela aliança da esquerda autoritária com a direita fisiológica, sob o guarda-chuva da corrupção.
Acuado pela Justiça, levado coercitivamente pela Polícia Federal para depor, Lula reagiu com ofídico furor, avisando: "a jararaca tá viva". A partir daí, foram tomadas algumas providências peçonhentas. A presidente Dilma nomeou o chefe Jararaca ministro da Casa Civil, mas a Justiça entendeu que a intenção era dar ao chefe a proteção de um covil; e, provisoriamente, o impediu, quebrando uma presa da serpente. Porém, o astuto réptil, montou em um hotel de luxo em Brasília, o Golden Tulip, a sede do governo Jararaca, cuja prioridade era evitar a aprovação do impeachment de Dilma na Câmara Federal, comprando deputados. Não deu certo, como todo mundo viu. Inclusive, consta que Tiririca fez Lula de palhaço. O nobre deputado teria ido conversar com Lula no covil do Golden Tulip, mas na hora do voto, para alegria da galera, declarou: "Meu voto é SIM!".
O chefe Jararaca abandonou o covil do Golden Tulip e continua sem poder assumir o covil da Casa Civil. Não deverá assumir nunca, pois, certamente, o processo de impeachment de Dilma será aberto no Senado daqui a três semanas e a presidente será afastada provisoriamente; para, depois de alguns meses, tudo indica, ser afastada definitivamente.
Enfim, abominada pela grande maioria da população e jugulada pelas instituições democráticas, a República da Jararaca não tem futuro. Mas não deixará de reagir para preservar seu espúrio poder. Nesta tentativa, os reacionários jararacas dão o bote da mentira, repetindo a cretinice de que o impeachment de Dilma é "golpe"; mentira que a presidente não teve coragem de sustentar perante a ONU. Os jararacas dão também o bote das ameaças temperadas com violência: organizações satélites do PT no âmbito da esquerda autoritária promovem "escrachos"; movimentos pelegos interditam ruas e queimam pneus; dirigentes petistas e dirigentes da esquerda autoritária do entorno do PT ameaçam com sangue e fogo. Ainda em setembro de 2015, vociferava o deputado petista João Daniel: "Esse impeachment terá gosto de sangue". Em março passado, Guilherme Boulos, do MTST e aliado do PT, disse que, caso o vice-presidente assuma, "o Brasil será incendiado por greves e ocupações". Agora, depois que o processo do impeachment chegou ao Senado, Roberto Policarpo, presidente do PT do DF, confirma a ameaça: "O Temer não vai governar este país com um dia sequer de sossego. Se o Senado não barrar o golpe, nós vamos parar ele nas ruas".
São ameaças tardias. Com o lulopetismo completamente desmoralizado pela corrupção, com vários dos seus dirigentes condenados pela Justiça, com o tesoureiro preso, com o marqueteiro preso, com o nº 2 preso, com o nº 1 em vias de ser preso, no fim de um desgoverno que desgraçou o país; neste melancólico ocaso, a República da Jararaca é um antro de serpentes de dentes quebrados e podres. E, ainda que essas serpentes lulopetistas tivessem maior poder, os defensores da ordem democrática, que foram às ruas, milhões de pessoas, haveriam de enfrentá-las.
As serpentes do mal do autoritarismo e da corrupção serão pisadas na cabeça, repelidas, derrotadas. A Liberdade vencerá! A Nação prevalecerá!