Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

O fim da República da Jararaca, a luta democrática e "as promessas divinas da esperança"

rocha100.blogspot.com.br

As cores da nossa bandeira e a própria bandeira têm marcado como magnífico símbolo a intensa luta democrática ora em curso para libertar o Brasil do lulopetismo, sistema de poder autoritário, obscurantista, aliado de ditaduras e exponencialmente corrupto. Essa luta democrática trava-se nas ruas, nas redes sociais, no âmbito da Justiça e no Congresso Nacional. Integram-se os vetores da institucionalidade e da força popular manifesta por milhões de brasileiros. Como mais uma resultante dessa caminhada de libertação que progride nos marcos da legalidade democrática, a Câmara Federal, em sessão plenária realizada no dia 17 de abril, por maioria qualificada de 367 votos, decidiu por dar continuidade ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Descortina-se o caminho para a retomada da normalidade institucional e do progresso. Em sentido contrário, reacionário, mobilizam-se as forças do atraso, reunidas em torno do chefe Lula, que, em peçonhento grito de guerra, autoproclamou-se como uma jararaca em fúria. Eis que, mesmo em acentuado declínio, em acelerado desmantelamento, apodrecido, o lulopetismo, agora dito também República da Jararaca, conserva ainda significativo poder de mobilização, principalmente através da máquina pública, que em grande parte ainda controla, e de sindicatos pelegos. Como estratégia de convencimento, os fanáticos jararacas abusam das mentiras; sendo a mentira mais repetida a afirmação cretina de que o impeachment da presidente Dilma é "golpe". Para se contrapor à mentira repetida, é sempre preciso repetir o óbvio: o impeachment está previsto na Constituição, o presente processo foi regulamentado pelo STF, segue todos os trâmites legalmente estabelecidos, é vigiado de perto pelo STF, registrado minuciosamente pela mídia, acompanhado pela população na sua total transparência. Se golpe fosse, seria um golpe cercado de legalidade por todos os lados, um golpe transparente respaldado pela ampla maioria da população, um golpe pleno de legitimidade democrática. Um tremendo contrassenso. Mas a tática da enganação do lulopetismo, seguindo os preceitos do nazista Goebbels, não tem limites, não se importa com os fatos, não se atrapalha com a racionalidade.

Mistificação recente, engendrada pelos jararacas no paroxismo do desespero, são dirigidas contra o vice-presidente Michel Temer: seria um traidor. Ora, Michel Temer, ao ser eleito vice-presidente da República, não jurou fidelidade a Dilma e ao PT, jurou fidelidade à Constituição; seu dever é para com a Nação, não para com a corrupção. Se Michel Temer assumir a Presidência, e deve assumir, o fará não por consequência de traição, mas por consequência de previsão constitucional. Ao afastar-se de um governo afogado em escândalos de corrupção, Michel Temer não fez mais do que impõe a prudência; havendo-se de lamentar apenas que tenha demorado a fazê-lo (porém, antes tarde do que nunca). Ao afastar-se de uma presidente inepta e desvairada, que, com suas inépcias e desvarios afunda o País, desgraça a Nação e infelicita o Povo; ao afastar-se deste zumbi do volume morto, o vice-presidente Michel Temer coloca-se para o Brasil como via institucional de solução da crise que assola o país.

Todavia, a esperança dos milhões de brasileiros que foram às ruas, dos brasileiros que por todos os meios participaram dessa luta democrática, vai muito além do governo Michel Temer. Esses brasileiros que lutaram e continuam lutando, avivaram as esperanças em uma democracia maior, forte o suficiente para não ser sequestrada pelo obscurantismo da esquerda totalitária que se espelha em ditaduras marxistas; umas defuntas, outras podres. E também forte o suficiente, esta renovada democracia, para não ser  sequestrada pelo obscurantismo da direita totalitária que quer a volta da ditadura  militar; podre e defunta.

Creio eu que a grande maioria dos brasileiros, mobilizados em luta, envoltos no manto sagrado da bandeira, desejam a prosperidade na paz, afirmam o valor supremo da Liberdade e querem construir uma sociedade cada vez mais justa, igualitária e feliz sob a proteção de Deus e o Império da Lei. Neste sentido, cito a filósofa Catarina Rochamonte:

"Compreender o tesouro de um Estado consagrado por leis é compreender a própria História no seu direcionamento democrático e evolutivo".

Eis que a democracia brasileira evoluiu pelo acúmulo de conquistas memoráveis, muitas das quais dependeram da ocupação das ruas, pois, como disse o poeta: "A praça, a praça é do Povo! Como o céu é do Condor". E, naquela formidável campanha da Abolição, o poeta, Castro Alves, lançou ao infinito azul a sua condoreira voz:

"Auriverde pendão da minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra,
E as promessas divinas da esperança..."

Sublime poeta, recolhemos o manto auriverde, com ele nos vestimos e reacendemos as divinas esperanças. A nossa bandeira não haverá de esconder a corrupção e todos os desmandos que ora desgraçam o país, caído que foi em mãos criminosas. O símbolo da Pátria não servirá de pano de mortalha para nosso Povo; será, antes, o símbolo maior da vitória da Liberdade e da Democracia.

VIVA O BRASIL!


     

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