Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

"Pequena ode à Liberdade", de Iremar Bronzeado; uma abertura de ouro para o livro da Democracia

rocha100.blogspot.com.br

No seu clássico "Declínio e queda do Império Romano", Edward Gibbon diz que o livro "Consolação da Filosofia", de Severino Boécio, é uma "página de ouro". O mesmo digo eu do texto "Pequena ode à Liberdade", de Iremar Bronzeado. Pois, essa página de ouro abre o livro "Natureza e Excelência da Liberdade e da Democracia", que será lançado em João Pessoa na próxima quinta-feira, 14/04, na Fundação Casa de José Américo, Praia do Cabo Branco, a partir das 18 horas; com Coquetel de confraternização libertária e democrática. Aqui apresentamos a página de ouro que abre o livro - um tanto extenso, mais de 300 páginas -; ao tempo em que renovamos o Convite e pedimos a todos os amigos que o repassem, que divulguem o evento.



Pequena ode à Liberdade

Iremar Bronzeado
 Amar a Liberdade é amar a vida. Pois a vida só floresce no seio da Liberdade. Os seres vivos, crescem mais belos e fortes quando fortalecidos na peleja pela Liberdade. Na exemplar ilustração de Immanuel Kant, as árvores que crescem no meio da floresta são mais belas, retas e úteis porque seu crescimento se dá por mútua disputa em busca da luz do sol, que resplandece na imensidão por cima da mata. As que, em campo aberto, recebem, gratuitamente, abundância de luz, crescem desordenadamente, tortuosas e frágeis.
Assim são, também, os indivíduos: os que se insurgem contra a tirania e lutam pela Liberdade têm o seu nome glorificado no panteão da História. Os que se acomodam ao domínio dos déspotas, caem no abismo do esquecimento. Também as nações: aquelas que fizeram da Liberdade o princípio supremo de sua existência e proclamaram a soberania do cidadão sobre a coletividade e o Estado estão hoje na vanguarda do desenvolvimento e da civilização. Aquelas que optaram por ideologias totalitárias que preconizam a tutela do Estado sobre o indivíduo, debatem-se, ainda, atoladas na retaguarda da modernidade.
A Liberdade é a mãe do maravilhoso mundo novo em que vivemos. Foi graças a ela que o Iluminismo e a Revolução Francesa atribuíram aos homens seus direitos inalienáveis, fundamento do ideal republicano e das eficientes e insuperáveis Democracias Liberais de Mercado. Foi a liberdade atribuída à competividade da produção e do mercado que permitiu os maravilhosos avanços da ciência e da tecnologia, que diminuem o sofrimento dos homens e nutrem a esperança de um futuro de abundância e paz.
Contudo, a verdadeira origem das modernas noções de Liberdade, Igualdade e Fraternidade é Cristo Jesus, que “veio para libertar os cativos, dispersar os soberbos, destituir os poderosos de seus tronos e exaltar os humildes” (Lucas 1:51-52) para que todos fossem iguais perante o trono do amor e da graça e se amassem mutuamente como irmãos, filhos do mesmo Pai.

Nenhum comentário:

Postar um comentário