Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Lançamento da 4ª edição da ROCHA 100 - Revista 100 Fronteiras, com Homenagem ao historiador José Octávio de Arruda Mello: Karl Marx e a escravidão, Jesus Cristo e a Democracia

O lançamento da 4ª edição da ROCHA 100 - Revista 100 Fronteiras, com Homenagem ao historiador José Octávio de Arruda Mello, na noite da última sexta-feira (06/09), em O Sebo Cultural, transformou-se em um excelente debate. Na Mesa, para debater com o homenageado, estavam o também historiador e político Marcus Odilon, o filósofo Iremar Bronzeado, o escritor e intelectual comunista João Ribeiro, o médico e intelectual socialista católico Romeu de Carvalho, o artista e intelectual um tanto anarquista José Bezerra Filho, e este ROCHA 100 que vos fala (como mediador).

Pra começar, o debate foi bom porque houve debate. Vejam: a esquerda marxista por tal maneira monopolizou a agenda político-cultural de João Pessoa que os debates, de ordinário, transformaram-se em conversa de comadres entre comadres marxistas.

Pois vejam que assombro: o expositor, José Octávio, começou por  defender o liberalismo como condição da  democracia, citando o liberal-socialista Norberto Bobbio. Marcus Odilon fez referência a um post deste Blog (aquele que traz a carta em que Karl Marx defende a escravidão negra) e discorreu sobre os fundamentos econômicos das transformações sociais. Para Marcus, a superação da escravidão só foi possível com o advento das máquinas industriais. Romeu de Carvalho falou das relações entre socialismo e catolicismo. José Bezerra Filho meteu o pau no imperialismo norte-americano, que só não teria invadido Cuba porque lá não tem petróleo. Nisso foi contestado por Iremar Bronzeado, que realçou o papel dos EUA como defensores da liberdade. Também foi Iremar, conhecido como o "Filósofo da Liberdade", quem levantou a tese de que só aconteceram duas verdadeiras revoluções na história: a Revolução Cristã e a Revolução Francesa. E mais, que os fundamentos da democracia moderna foram estabelecidos pelo cristianismo. Essa tese foi refutada por alguém da platéia, mas também na platéia teve quem a defendesse. Enfim, houve debate, não conversa de comadre.

Houve também uma performance teatral esplêndida de Cláudia Carvalho. Romeu de Carvalho cantou ao violão. Zé Bezerra da Paraíba, o Pavarotti dos Trópicos, soltou sua poderosa voz tenor.

Foi uma festa: comandada com o vigor de sempre por Heriberto Coelho, o maior mobilizador cultural da Paraíba. Muitos alunos de José Octávio vieram prestigiar o mestre, com carinho. E o mestre não se acanhou de dizer que, para incentivar o carinho dos alunos, garantiu 2 pontos nas notas da próxima prova pela participação no evento. Eu reclamei, dizendo que eles mereciam mais.

Mas não marcaram presença apenas alunos, também outros mestres: a professora Linalda, a professora Nadilza, o professor Piva, o professor Caboré, o psiquiatra José Ricardo, o politicólogo Rui Galdino, o advogado Waldir Porfírio, o engenheiro José Rocha, o folclorista José Nilton... e muita, muita gente.

Enfim, quer fazer sucesso? FAÇA EM O SEBO CULTURAL.

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