Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

domingo, 29 de setembro de 2013

Sobre um livro do Espírito Emmanuel/Chico Xavier, o materialismo marxista e dois poemas supremos de François Villon

Por recomendação de pessoa querida, estou lendo o romance histórico "Paulo e Estevão" de Chico Xavier, ou do Espírito Emmanuel. Os espíritas acreditam que é assim mesmo, que o espírito se expressa por intermédio do médium. Não sei, apenas posso afirmar que o romance é bom e não poderia ter sido escrito por pessoa que não tivesse largo conhecimento histórico. O livro é erudito. Aliás, sem um tanto de erudição, não pode haver romance histórico, mas apenas mirabolantes obras de época. Não quer dizer que os romances de época sejam ruins, apenas tratam os fatos históricos como meros pretextos, distorcendo-os desabridamente, ao sabor da imaginação. Assim são, por exemplo, os chamados "romances de capa e espada", cujos melhores exemplos são os estupendos, magníficos e tão universalmente apreciados livros de Alexandre Dumas.

Eu tenho paixão pelos romances históricos; quer os eruditos, quer os de pura aventura. Dentre os eruditos, cito os seguintes: "Eu, Claudius, Imperador" (continuação: "Claudius, o deus, e sua esposa Messalina"), do britânico Robert Ranke Graves; "Juliano, o Apóstata - a morte dos deuses", do russo Dimitri Merejkovsky; e a série "Os Reis Malditos", do francês Maurice Druon. "Paulo e Estevão" iguala-se a estes? Entendo que não, porém, mesmo por conhecer os melhores romances históricos eruditos da história, posso afirmar que é um bom romance. E não se trata de fazer aqui critica literária (Hildeberto Barbosa ou Chico Viana poderiam fazer), mas tão somente considerar a hipótese mediúnica, a partir da constatação da impossibilidade de tal livro ter sido escrito por pessoa de pouca cultura. Acresce que, além deste, Chico Xavier tem catalogados outros 400 títulos, todos atribuídos a espíritos desencarnados. Que outra explicação pode haver para tal fenômeno? Ora, a explicação científica, de cunho psicanalítico. Pois, eu lhes afirmo que a psicanálise é, fundamentalmente, matéria especulativa. Não que seja falsa, mas não é ciência. Com efeito a ciência trata apenas do que é empiricamente verificável, de tal modo que tal ou qual hipótese possa ser validada ou invalidada através de investigação/experimentação controlada.

Entendo, e já escrevi longamente sobre isso, que a ciência é um conhecimento secundário. Com efeito, trata apenas de coisas de menor importância. Não trata, por exemplo, de Deus; nem da Vida Eterna; nem da Alma Imortal; nem de aonde estão e como estão nossos entes queridos que morreram; nem onde estão e como estão todos os que já morreram. Os materialistas-científicos dizem que nada disso existe, que nada disso interessa. E eu também já escrevi que é por isso mesmo que o materialismo é a mais rasteira das doutrinas, a mais miserável de todas as filosofias.

Quem tem juízo e sentimento, sabe, no coração, que sem a promessa da Eternidade, que sem esse interesse, nada no mundo tem interesse, nada na vida importa. Pelo que, citarei mais uma vez o Paulo referido no romance do Espírito Emmanuel:

"Se foi por intenção humana que combati com as feras em Éfeso, que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos que amanhã morreremos" (1 Coríntios 15:32)     

Nem que fosse verdadeira, eu haveria de querer para mim a doutrina do efêmero, da  morte, do nada. Mas por que tal hipótese sebosa e nojenta haveria de ser verdadeira?

Tratamos, em post anterior, a respeito da carta de Karl Marx a Pavel Annenkov, sobre a muito ruim metafísica da história, na qual, a meu entender, fundamenta-se o chamado materialismo-histórico, ou materialismo-cientifico. Espanta-me sobretudo que Marx e Engels tenham conseguido projetar um futuro feliz, prodigioso, luminoso, um paraíso de delícias que não poderá ser jamais usufruído por aqueles que por ele se sacrificam e morrem. Não há dúvida: os marxistas, além de equivocados, são uns tremendos otários. Se a morte é o fim de tudo, por que projetar futuros radiantes? Triste, triste: os marxistas trouxeram ao mundo desgraças sem conta a troco de nada.

Marx e Engels levantaram muitas e agudas questões históricas. A todas elas, contraponho a magna questão levantada pelo poeta François Villon: "où sont les neiges d'antan" (onde estão as neves de outrora?), que é o estribilho da célebre "Ballade des Dames du Temps Jadis" (Balada das Damas dos Tempos Idos). O turbulento Villon, mais de uma vez esteve em sérios apuros, chegando muito perto de ser enforcado. Na dita balada, indagava pelo paradeiro das famosas mulheres de antigamente. Na verdade, queria saber de todos os que já se foram. Roga uma resposta à Virgem e exige que o príncipe tome providências urgentes. Essa questão de Villon permanece como a mais fundamental da história. Villon, que, além de ser um gênio, era grande pecador, cuidou, precisamente, das coisas que mais importavam; também na "Ballade des Pendus" (Balada dos Enforcados), em que pede e exorta que se peça o perdão de Deus. Ofereço estas baladas memoráveis, tremendas, arrebatadoras, verdadeiras orações, à reflexão do leitor - no original e em traduções de Ivo Barroso e de Modesto de Abreu (www.algumapoesia.com.br/poesia2/poesianet211.htm).


Número 211 - Ano 5
São Paulo, quarta-feira, 30 de maio de 2007 
«Pois que é o Belo / senão o grau do Terrível que ainda suportamos (...)?» (Rainer Maria Rilke) *
 

François Villon

Caros,

Nesta edição o boletim traz à presença de vocês um poeta do fim da Idade Média — o francês François Villon. Misterioso, contraditório, Villon é sempre referido nas enciclopédias como poeta, ladrão e vagabundo. As incertezas em torno de sua biografia são imensas. Nasceu em 1431 e recebeu o nome de François de Montcorbier, nome que ele depois ao entrar para a Universidade de Paris — mudou para François Villon, em homenagem a seu protetor, Guillaume de Villon.

O poeta terminou os estudos em 1452. Três anos depois, envolveu-se numa briga de rua e matou um padre, Philippe Sermoise. Villon fugiu e foi condenado ao banimento sentença revista em 1456 por um perdão concedido pelo rei Charles VII. No final do mesmo ano, Villon já estava outra vez em apuros. Foi acusado de liderar um roubo e desapareceu por cerca de quatro anos.

Em 1461, aos 30 anos, ele escreveu o Grand Testament, obra que o imortalizou e que contém todos os seus poemas conhecidos. Os fatos da vida de Villon são desencontrados. Entre prisões e a proteção de nobres da época, ele foi levando. Em 1462, preso outra vez, foi condenado à forca. Mas a sentença foi comutada e convertida para banimento em 5 de janeiro de 1463. Essa é a última data de que se tem notícia dele. A partir daí, ele desaparece da História. Não se sabe como nem quando morreu.

François Villon é o poeta mais conhecido de sua época. Sua poesia, fiel ao estilo de então, é vazada em poemas de forma fixa, especialmente as baladas e os rondós. São famosos seus textos "Balada dos Enforcados" (escrito quando estava na prisão, condenado à forca) e a "Balada das Damas dos Tempos Idos", ambos reproduzidos aqui.

Na "Balada dos Enforcados", também conhecida como "Epitáfio de Villon", sentenciados já mortos se dirigem aos contemporâneos sobreviventes. Com um toque de crueza que antecipa certas ousadias modernas, eles descrevem a decomposição dos próprios corpos pendurados ("Eis que a chuva nos gasta e lava, e eis / Que o sol nos enegrece e tem secado") e suplicam que se peça a Deus pela sua absolvição.

A estrofe final de uma balada, chamada "oferta" ou "oferecimento", é sempre dedicada a alguém. Na "Balada dos Enforcados", os mortos rogam diretamente a Jesus Cristo pela sua absolvição. Aqui, a tradução desse poema é do sempre competente Ivo Barroso, já citado mais de uma vez neste boletim.

Menos trágica, a "Balada das Damas dos Tempos Idos" celebra com nostalgia uma lista de mulheres ao longo da História. Cada uma das estrofes dessa balada termina com a pergunta que se tornou um célebre refrão em francês e em outros idiomas: Mais où sont les neiges d'antan? ("Mas onde estão as neves de outrora?").

Entre as damas de antanho cantadas por Villon encontram-se figuras hoje pouco conhecidas como Flora, cortesã romana, e Taís que, segundo os estudiosos, poderia ser várias damas antigas com esse nome. A soberana não nomeada que mandou lançar Buridan ao Sena dentro de um saco teria sido Margarida de Borgonha, mulher de Luís, o Teimoso, condenada à morte por adultério em 1315. Conta-se que Margarida recebia os amantes numa torre e depois os mandava matar e atirar o corpo no Sena. Jean Buridan, reitor da Universidade de Paris e professor de Villon, teria estado com a rainha na juventude, mas encontrara um jeito de se safar da morte nas águas do Sena.

Mas na balada das senhoras antigas há também figuras conhecidas e citadas até hoje, a exemplo de Heloísa. Pedro Abelardo, filósofo, professor de Heloísa  ele, 37; ela, vinte anos menos  tornou-se amante da aluna. Após uma série de peripécias, o tio da moça termina por mandar castrar Abelardo. Final triste: ela ingressa num convento, e ele vai para um mosteiro ao lado. Não se encontram mais, porém trocam cartas apaixonadas.

Estranho é que o tradutor Modesto de Abreu não cita a castração de Abelardo. No original, Villon é explícito: "Où est la très sage Héloïs, / Pour qui fut châtré et puis moine / Pierre Esbaillart à Saint-Denis?" Tradução, ao pé da letra: "Onde está a mui sábia Heloísa /  Por quem foi castrado e depois se tornou monge / Pedro Abelardo em Saint-Denis?"

Outra dama dos tempos idos muito conhecida é Joana, a boa lorena,
que foi queimada em Ruão. Mais uma vez, o original diz mais que a tradução. Lá está escrito que Joana foi queimada por ingleses. Villon refere-se, obviamente, a Joana d'Arc, heroína da Guerra dos Cem Anos, morta na fogueira em 1431, ano do nascimento de Villon. Joana foi canonizada pela igreja católica em 1920 e é a padroeira da França.

Um abraço, e até a próxima.

Carlos Machado


 
                      •o•

LANÇAMENTOS

Para quem está na cidade de São Paulo esta semana.
• Lauro Machado Coelho

O jornalista e crítico musical Lauro Machado Coelho autografa Poesia Soviética, uma antologia com 24 autores russos do século XX com seleção, tradução e notas dele. Machado Coelho é autor de outro livro com versões de poemas russos: Anna Akhmátova – Poesia 1912-1964.
O volume Poesia Soviética é publicado pela Algol Editora.

Data: 1º de junho, sexta-feira
Hora: 18h30
Local: Livraria Cultura
Conjunto Nacional
Av. Paulista, 2073
Tel: (11) 3170-4033
• Donizete Galvão

O poeta Donizete Galvão lança neste sábado o livro infantil O Sapo Apaixonado – Uma História Inspirada em Uma Narrativa Indígena. O volume tem ilustrações de Mariana Massarani e prefácio de Betty Mindlin e sai pela Musa Editora.
Data: 2 de junho, sábado
Hora: 11h00 às 16h00
Local: Casa das Rosas
Av. Paulista, 37
Tels: (11) 3288-9447 e 3285-6986
Onde estão as neves de outrora?
François Villon



BALADA DOS ENFORCADOS
Homens irmãos que a nós sobreviveis,
Não nos tenhais o coração fechado;
A pena que por nós demonstrareis
Mais cedo Deus terá de vosso estado.
Aqui nos vedes juntos, cinco, seis;
Nossos corpos, demais alimentados,
Agora estão podridos, devorados,
E os nossos ossos vão ao pó volver.
Que não se ria alguém de nossos fados,
Mas peça a Deus que nos queira absolver!

Se de irmãos vos chamamos, não deveis
Mostrar desdém, embora condenados
Por justiça. Contudo, bem sabeis,
Nem todos são os homens assisados.
Junto ao Filho da Virgem bem podeis
Interceder de coração lavado:
Não haja a graça para nós secado
E do raio infernal nos possa haver.
Mortos, noss'alma já nos tem deixado;
Pedi a Deus que nos queira absolver!

Eis que a chuva nos gasta e lava, e eis
Que o sol nos enegrece e tem secado.
Pega ou corvo dos olhos nos desfez
E tem-nos barba e cílios arrancado.
Nossos corpos agitam-se, revéis,
Daqui, dali, ao vento balançados,
Sem cessa a seu prazer; de aves bicados,
Chegamos com dedais nos parecer.
Não queirais ser dos nossos congregados,
Mas pedi que Deus nos queira absolver!

Príncipe Jesus, mestre incontestado,
De nós não se haja o inferno apoderado,
Que ali não temos que pagar nem ver.
Homens, nada vai nisto de zombado:
Rogai a Deus que nos queira absolver!
                  Tradução de Ivo Barroso
Os enforcados: afresco na igreja de Santa Anastácia, em Verona.
Obra de Pisanello, 1436-1438.

L'ÉPITAPHE DE VILLON OU
BALLADE DES PENDUS

Frères humains, qui après nous vivez,
N'ayez les coeurs contre nous endurcis,
Car, si pitié de nous pauvres avez,
Dieu en aura plus tôt de vous mercis.
Vous nous voyez ci attachés, cinq, six :
Quant à la chair, que trop avons nourrie,
Elle est piéça dévorée et pourrie,
Et nous, les os, devenons cendre et poudre.
De notre mal personne ne s'en rie ;
Mais priez Dieu que tous nous veuille absoudre!

Se frères vous clamons, pas n'en devez
Avoir dédain, quoique fûmes occis
Par justice. Toutefois, vous savez
Que tous hommes n'ont pas bon sens rassis.
Excusez-nous, puisque sommes transis,
Envers le fils de la Vierge Marie,
Que sa grâce ne soit pour nous tarie,
Nous préservant de l'infernale foudre.
Nous sommes morts, âme ne nous harie,
Mais priez Dieu que tous nous veuille absoudre!

La pluie nous a débués et lavés,
Et le soleil desséchés et noircis.
Pies, corbeaux nous ont les yeux cavés,
Et arraché la barbe et les sourcils.
Jamais nul temps nous ne sommes assis
Puis çà, puis là, comme le vent varie,
A son plaisir sans cesser nous charrie,
Plus becquetés d'oiseaux que dés à coudre.
Ne soyez donc de notre confrérie ;
Mais priez Dieu que tous nous veuille absoudre!

Prince Jésus, qui sur tous a maistrie,
Garde qu'Enfer n'ait de nous seigneurie :
A lui n'ayons que faire ne que soudre.
Hommes, ici n'a point de moquerie ;
Mais priez Dieu que tous nous veuille absoudre!

BALADA DAS DAMAS DOS TEMPOS IDOS
Dizei-me em que terra ou país
Está Flora, a bela romana;
Onde Arquipíada ou Taís,
que foi sua prima germana;
Eco, a imitar na água que mana
de rio ou lago, a voz que a aflora,
E de beleza sobre-humana?
Mas onde estais, neves de outrora?

E Heloísa, a mui sábia e infeliz
Pela qual foi enclausurado
Pedro Abelardo em São Denis,
por seu amor sacrificado?
Onde, igualmente, a soberana
Que a Buridan mandou pôr fora
Num saco ao Sena arremessado?
Mas onde estais, neves de outrora?

Branca, a rainha, mãe de Luís
Que com voz divina cantava;
Berta Pé-Grande, Alix, Beatriz
E a que no Maine dominava;
E a boa lorena Joana,
Queimada em Ruão? Nossa Senhora!
Onde estão, Virgem soberana?
Mas onde estais, neves de outrora?

Príncipe, vede, o caso é urgente:
Onde estão elas, vede-o agora;
Que este refrão guardeis em mente:
Onde estão as neves de outrora?
                  Tradução de Modesto de Abreu

Joana d'Arc: heroína francesa, depois santa católica.
Óleo de Jean Auguste Dominique Ingres, 1854

BALLADE DES DAMES DU TEMPS JADIS
Dites-moi où, n'en quel pays,
Est Flora la belle Romaine,
Archipiades, ne Thaïs,
Qui fut sa cousine germaine,
Echo, parlant quant bruit on mène
Dessus rivière ou sur étang,
Qui beauté eut trop plus qu'humaine?
Mais où sont les neiges d'antan?

Où est la très sage Héloïs,
Pour qui fut châtré et puis moine
Pierre Esbaillart à Saint-Denis?
Pour son amour eut cette essoine.
Semblablement, où est la roine
Qui commanda que Buridan
Fût jeté en un sac en Seine?
Mais où sont les neiges d'antan?

La roine Blanche comme un lis
Qui chantait à voix de sirène,
Berthe au grand pied, Bietrix, Aliz,
Haramburgis qui tint le Maine,
Et Jeanne, la bonne Lorraine
Qu'Anglais brûlèrent à Rouen ;
Où sont-ils, où, Vierge souvraine?
Mais où sont les neiges d'antan?

Prince, n'enquerrez de semaine
Où elles sont, ni de cet an,
Que ce refrain ne vous remaine :
Mais où sont les neiges d'antan?


 
poesia.netwww.algumapoesia.com.br
Carlos Machado, 2007
François Villon
•  "Balada das Damas dos Tempos Idos"
   
 In R. Magalhães Junior 
    Antologia de Poetas Franceses (Do Século XV ao Século XX) 
    Tradução do poema: Modesto de Abreu
    Gráfica Tupy, Rio de Janeiro, 1950
 
•  "Balada dos Enforcados"
     In Ivo Barroso
     O Torso e o Gato
      
Record, Rio de Janeiro, 1991
_________________
* Rainer Maria Rilke, Elegias de Duíno (I),
  trad. de Dora Ferreira da Silva

8 comentários:

  1. Eu sou agnóstico. Mas os poemas de Villon são belíssimos. Sou agnóstico, mas também pergunto: onde estão as neves de outrora? Ribamar Almério Sarinho.

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  2. KKK, ateu é tudo um bando de besta. Gostei, Rocha 100, mete o pau nessa cambada de doido. Clotilde Carrapato - Carrapateiras/PB.

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  3. Caro Washington, a média de livros de Chico Xavier é na casa dos 40, não dos 400, o que em nada invalida vosso argumento. O fenômeno mediúnico é coisa intrigante, mas já não tão incomum. Penso que essa doutrina que mostra a imortalidade da alma, que lida exatamente com esses fatos outrora dito sobrenaturais desperta o interesse e deveria ser visto sem preconceito.

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    1. Caríssimo, Essa resposta me deixou feliz, feliz. Estamos com um pensamento bem aproximado. O que, precisamente, mais importa é isto: a imortalidade da alma. Quanto aos livros psicografados por Chico Xavier, uma página do Instituto André Luiz na internet (www.institutoandreluiz.org) lista exatamente 401 títulos, com título, editora, autor e data de publicação. O título n.1 é o Parnaso de Além-Túmulo, editora: LAKE, autor: Espíritos Diversos, ano de publicação: 1932. O título n. 401 é Oferta de Amigo, editora: CEU, autor: Cornélio Pires, ano de publicação: 1996. Por favor, veja em: www.institutoandreluiz.org/chicoxavier_rel_livros.html
      Quero crer que é uma página autorizada, idônea.
      Muito obrigado pelo comentário, meu caro anônimo. Que Deus ilumine a todos nós. Washington Rocha.

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  4. Essa história de marxista ser ateu era antigamente. Veio a teologia da libertação casou marxismo com cristianismo. Os padres de hoje, pelo menos os brasileiros, são quase todos marxistas.

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  5. Eu não sei quantos livros Chico Xavier escreveu/psicografou, mas li muitos, a começar pelo Parnaso de Além-Túmulo, todos muito bons.

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  6. Caro Washington,

    Agradeço a oportunidade que me deu de conhecer os dois belos poemas de François Villon.
    Quanto à mediunidade, sou absolutamente descrente. Bem como em relação a qualquer forma de espiritualismo, vida após a morte, paraíso e inferno, etc. Minha razão repele, há muito tempo, qualquer tipo de religião, com todo o respeito aos que a procuram, por uma necessidade de tipo psicológico.
    Remeto-lhe um texto sobre que tenho recebido muitos cumprimentos. Está em alguns sites, mas não ganhou ainda a mídia impressa. Ele inclui a minha filosofia de vida, com breve referência ao tema da morte. Pode divulgá-lo como quiser, se lhe interessar.

    Clemente.

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  7. Vejo, pelos comentários, que esse post está dando pano pras mangas. Não disse que o tema era polêmico?!

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