Singela
Homenagem
Wellington Aguiar formou-se em Direito pela Faculdade Nacional do Rio de Janeiro e em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba, foi promotor de Justiça, procurador do Tribunal de Contas, professor aposentado da UFPB, foi presidente da Academia Paraibana de Letras e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. É autor de oito livros, entre eles “Cidade de João Pessoa – A Memória do Tempo”, “João Pessoa, o Reformador”, “A Velha Paraíba nas Páginas de Jornais”, “Um Radical Republicano”, “O Passageiro do Dia”, todos sobre a história da Paraíba e de João Pessoa. Durante anos publicou suas crônicas nos principais jornais de João Pessoa. Participou de inúmeras antologias sobre a história da Paraíba. Fez, para o Governo do Estado, a atualização ortográfica do livro “A Paraíba e seus Problemas”, de José Américo de Almeida.
Wellington Aguiar e a memória
Hoje prefiro referir-me, no entanto, ao “A velha Paraíba nas páginas de jornais”, de 1999, autografado por ele com carinho devido a real amizade que tinha a mim e meu irmão, Fernando, com quem estudou Direito. Segundo seu prefaciador, José Octávio de Arruda Mello, “repleto de cotidiano e imaginário de cidade (...), este é um livro de História Social e Nova História”.
Eu e Wellington tivemos divergências relativas apenas à questão do nome da cidade em que ambos nascemos: ele, pela manutenção de João Pessoa; eu, pelo retorno
ao nome de Paraíba ou a mudança para Cabo Branco. No mais, sempre fomos confluentes, inclusive nas questões internas da Academia Paraibana de Letras (foi um dos que votaram em mim para ocupação da Cadeira de nº 29). Sempre que necessário, consulto “A velha Paraíba nas páginas de jornais”, para o qual Wellington fez um extraordinário trabalho de pesquisa em 16 jornais que foram editados na Capital e seis no Interior. Não somente por questões políticas, preferidas por docentes de universidades. Também por suas transcrições em torno de recreação, lazer e cultura. Seu livro informa o que bem poucos sabem: que em 1934 já funcionava em João Pessoa uma emissora chamada Rádio Clube da Paraíba. Foi inaugurada três anos antes da Tabajara, cujas transmissões começaram em 25 de janeiro de 1937, no governo de Argemiro de Figueiredo. Com “A velha Paraíba nas páginas de jornais”, Wellington Aguiar deixou um admirável trabalho para preservação de nossa memória.
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