Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

"Je suis Charlie", e tenho nojo da covardia ocidental "politicamente correta"

O ataque covarde e nojento de terroristas islâmicos que assassinou jornalistas e cartunistas do semanário francês "Charlie Hebdo" teve pelo mundo reações de indignação, protestos em defesa da liberdade de expressão, atitudes corajosas diante da chantagem terrorista, inclusive com uso de uma frase símbolo de uma das vítimas, Stephane Charbonier, o Charb:

"PREFIRO MORRER DE PÉ DO QUE VIVER DE JOELHOS".

Desgraçadamente, grassa na Civilização Ocidental, insistente e metodicamente atacada por terroristas islâmicos e não islâmicos, um sentimento diferente deste expresso pelo herói e mártir Charb: prospera no Ocidente a atitude "politicamente correta" de se ajoelhar diante do fanatismo islâmico e diante de vários outros nojentos fanatismos.

No Brasil, país onde a doutrina do "politicamente correto" foi oficializada pelo governo do PT, com "Cartilha" e tudo, especialistas "corretíssimos" foram imediatamente procurados pela mídia para se pronunciarem sobre o atentado em Paris. Coerentes com a doutrina, puseram a culpa do atentado nas vítimas. Vejam o que publicou o "politicamente incorreto" Leandro Narloch, na sua coluna no site da VEJA:


“Esse jornal deveria compreender que isso não se faz, é atrair problema”, disse, ao vivo na Globonews, a professora Arlene Clemesha, da USP. “É claro que não estou defendendo os ataques, mas não se deve fazer humor com o outro.” A professora ainda chamou a revista de sensacionalista. O Charlie Hebdo não é sensacionalista – é uma revista satírica parecida com O Pasquim, que a professora deve adorar.
Pouco antes, o professor Williams Gonçalves, da UERJ, foi mais constrangedor. Culpou os próprios jornalistas pelos ataques, disse que as charges foram um ato de irresponsabilidade e perguntou qual é a graça de se fazer charges com Maomé. “Quem faz uma provocação dessa não poderia esperar coisa muito diferente”, diz ele.

É claro que a professora, da forma mais desavergonhada, está justificando o atentado. É claro que o professor, da forma mais canalha, está culpando as vítimas. É claro que essa atitude é covarde e nojenta. E é também corriqueira. A própria presidente Dilma Rousseff andou defendendo diálogo com os degoladores do Estado Islâmico, ganhando de prêmio a reeleição.

Graças a Deus que no Brasil vem aumentando o número dos destemidos "politicamente incorretos", como Narloch. Digo destemidos porque a patrulha "politicamente correta" no Brasil é dura, pertinaz, implacável e, muitas vezes, financiada pelo governo petista. Os "politicamente corretos" são covardes diante de terroristas, são cordeiros; porém, com pessoas pacíficas (algumas até abobalhadas) são lobos ferozes.

Entendemos a grandeza da Civilização Islâmica, que pela Baixa Idade Média e adentrando a Idade Moderna foi mais tolerante do que a Civilização Ocidental, podendo-se mesmo dizer que foi mais "civilizada". Enaltecemos, como cristão que somos, aspectos positivos da Religião Islâmica, mesmo porque viemos de uma mesma origem, do mesmo "Velho Testamento"; somos, juntamente com os judeus, o "Povo do Livro". Porém, nos julgamos no direito de indicar abusos de intolerância desta e de qualquer outra religião, especialmente aquelas que comandem regimes teocráticos. Aliás, os mesmos ocidentais que são tolerantes com as intolerâncias do Islã, são, costumeiramente, críticos devastadores da Igreja Católica (de antigamente e de hoje), em alguns casos, com sobrada razão. O respeito religioso e o respeito a civilizações distintas não podem e não devem abolir o direito de crítica. E mesmo, devemos acrescentar, existem valores que se devem colocar acima de qualquer relativização: entre esses valores está a LIBERDADE.

Ocorre que regimes despóticos-teocráticos islâmicos contam com a "compreensão" de ocidentais que, no Ocidente, defendem a liberdade e os Direitos Humanos. Nesses regimes, sob a Lei da Sharia (se bem ou mal interpretada; isso eu não sei), as mulheres são submetidas, em menor ou maior grau, a regime de escravidão. São rotineiras as notícias de mulheres muçulmanas presas, chicoteadas, apedrejadas e enforcadas por motivos tais como: dirigir automóvel, tentar assistir a uma partida de vôlei, por acusação de adultério, ou por quaisquer motivos que seus senhores queiram alegar. E essas atrocidades têm como resposta da imensa maioria dos ocidentais, quase sempre, o silêncio.

"Je suis Charlie", e tenho nojo!


 

2 comentários:

  1. Nada. Absolutamente nada pode ser usado para justificar as atrocidades cometidas por terroristas. Quem assim o faz iguala-se aos mesmos. Gelza Carvalho

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  2. Os muçulmanos invadem Europa e, os europeus fazem paradas gays de pederastas! E assim que a Europa vai para o brejo!

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