Blog Rocha 100
“No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.
domingo, 19 de agosto de 2012
"Por que Cássio não rompe logo?" (com Ricardo), pergunta Flávio Lúcio. E por que todos os que têm vergonha na cara não rompem logo com o tirano?, pergunto eu.
O conselho é bom, mas foi formulado nos termos mais agressivos. Cássio merece? Vejam lá. Começa assim:
"Caro Rubens, considero um cinismo sem tamanho essas estocadas no governador Ricardo Coutinho".
As estocadas referidas são aquelas twitadas de Cássio (uma reação fraquinha, aliás) com que o ex-governador respondeu à propaganda enganosa do governador sobre aquele bilhão para João Pessoa. Propaganda cara, na TV. Cara e suspeita. Pelo menos, dela suspeitou Nonato Bandeira, ex-secretário de Comunicação do rei-na-barriga.
Vão conferir, no artigo de Rubens, a mensagem de Flávio. Tem outras expressões duras, mas acho que, para o senador Cássio Cunha Lima, ser chamado de "cínico sem tamanho" já estará de bom tamanho.
Seja como for, Flávio Lúcio, que também é professor, faz uma indagação deveras pertinente: "Por que Cássio não rompe logo?".
E acrescenta: "Rompa e vá para a oposição".
Pois é. Por que não?
O governador da Paraíba, dono do PSB no estado, trata seus aliados com desprezo, desdém e patadas. Não é decente que um senador da República se deixe tratar de tal maneira. Com efeito, já está passando da hora do rompimento.
Lembrem-se que o prefeito Luciano Agra (ex-PSB) passou por um calvário de humilhações antes de romper com o tirano girassol. Agra aguentou o que pôde. E pôde muito. Mas não pôde tudo: "tapa na bunda", aí já é demais.
Bem oportuno o conselho de Flávio Lúcio ao, hoje timorato, senador Cássio Cunha Lima. Lembrem-se que o menino campinense já foi cantado por sua afoiteza e bravura, e cognominado "Galo de Campina". Flávio como que o convida a retomar os brios.
O excelente conselho do preclaro Flávio Lúcio, eu o estendo a todas as pessoas que têm vergonha na cara. Têm a vergonha, mas convivem com o tirano. Terão seus motivos, e não os critico; apenas me compadeço. Conviver com tiranos é um horror. Assim registra a história; e também a ficção histórica.
Felizmente, aumenta dia a dia o número dos que se livram do rei-na-barriga Ricardo. Antes do prefeito Luciano Agra, já alguns girassóis se tinham rebelado. Depois de Agra, a rebelião continua. O reino girassol está caindo aos pedaços. Tem uma batalha decisiva a travar no início de outubro. Quando perder essa batalha, pois é certo que perderá; então, tratar-se-á apenas de contar os dias.
Os tiranos, geralmente, findam os dias em total abandono; por vezes, os consola a fidelidade última e extremada de algum fanático guardião. Tragédias assim foram contadas por Shakespeare. Tem uma cujo protagonista, cruel e implacável, chama-se Ricardo. Presta-se a comparações.
No próximo capítulo.
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