Blog Rocha 100
“No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
"Nem por ouro e nem por prata, nem por sangue de alazão...": Araruna, a "fantasia real" de Gelza Rocha
Virgílio, poeta de grandes conhecimentos geográficos, situou seus acontecimentos fantasiosos com rigor de cartógrafo. Gelza, geógrafa de grandes recursos estilísticos, povoou a geografia exata com uma fantasia comovente. E tão mais comovente por ser uma fantasia real; pois a geógrafa e romancista-historiadora viu a cidade com os olhos da menina, em cujo puro coração a fantasia era pura realidade. Vejam este trecho:
"E naquele mundo eu me sentia, mesmo, no País das Maravilhas, não o de uma Alice, personagem fictícia, mas o país de uma Alice real, de abraço terno, de cuidados extremosos, de carinho silencioso, de bons conselhos, de amor profundo: Alice, minha mãe".
Um mundo que Gelza não pôde esquecer, não quis vender e não troca por nada: Nem por ouro e nem por prata, nem por sangue de alazão...
Meu querido Washington. Eu não chorei quando coloquei no papel as minhas lembranças infantis de Araruna ou quando transportei características reais de lá para inventar minhas histórias.Porém, derramei lágrimas emocionadas ao ler este texto, que sei, escrito com sinceridade. Obrigada.Gelza
ResponderExcluirEu conheço Araruna. Tenho primos que moram lá. Sou de Alagoa Grande, mas há anos moro em Campina Grande. Já li um livro de Humberto sobre os Juizes de Araruna (uma amiga me emprestou)e gostei.Não conheço Gelza nem seus livros.Onde posso encontrar livros dela e de Humberto? Obrigada. Marluce da Costa Soares
ResponderExcluirLi os romances de Gelza já depois de ter lido seus trabalhos de geografia. Nos dois casos, uma MESTRA.
ResponderExcluirSou de Araruna e faço o curso de Geografia na UEPB de Guarabira, mas não conheço Gelza Rocha nem Humberto Fonsêca. Fiquei muito curiosa. Como faço para conseguir os livros deles.
ResponderExcluirDispomos do email de Gelza gelzarocha@hotmail.com Vc pode comunicar-se. Providenciaremos contato c/Humberto Editores Portal
ExcluirConheço Gelza, gosto dos romances dela. Esta "Cartilha Romântica de Araruna" me comoveu particularmente. Este texto de Washington também me comoveu. Parabéns aos dois. e também a Humberto Fonsêca, excelente historiador. E Parabéns a Araruna, por ter Gelza e Humberto.
ResponderExcluirWashington Rocha esqueceu de dizer: o livro de Gelza a que ele diretamente se refere é a "Cartilha Romântica de Araruna", que li e adorei. Só tem um defeito: é bem curtinho. Eu, que nasci e me criei em Araruna, fiquei querendo mais.
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