Quem ganhou Oscar 2011 do Cinema foi "O Discurso do Rei". Além da categoria de "Melhor Filme", ganhou nas categorias de "Melhor Ator" e "Melhor Diretor". Não sei se foi merecido porque ainda não assisti. Mas assisti ontem, 6 de abril, ao vivo, o discurso de Aécio Neves no Senado. Mereceu o Oscar 2011 da Política. Ganhou tudo: "Melhor Discurso", "Melhor Ator", "Melhor Roteiro", "Melhor Produção" e "Melhores Efeitos Imediatos". Quanto aos efeitos de longo prazo, não podemos julgar. De imediato, o discurso de Aécio deu vida à oposição, que estava mortinha da Silva; assassinada pelo Lula da Silva. De imediato, definiu quem é o candidato das oposições a presidente em 2014. Aliás, o clima no Senado foi andando em um tal crescendo de euforia aecista que, lá pelas tantas, parecia que o neto de Tancredo Neves tornara-se unanimidade e seria aclamado Presidente (ou Imperador). Aécio começou a falar por volta das 3 e meia da tarde e terminou por volta das 8 e meia da noite; cerca de 5 horas na tribuna. O Senador Casildo Maldaner comparou-o a Fidel Castro. O discurso, em si, não foi longo (25 minutos), mas os apartes foram intermináveis. Plenos de elogios e encantamento, inclusive de senadores da base do Governo. Os petistas tentaram contrapor, mas me pareceram um tanto acanhados. O discurso de Aécio fora muito elegante. Tanto que a senadora Marinor, do radical PSOL, no seu aparte, começou por dizer que, devido às divergências, não poderia ser tão elegante (ouviu-se uma voz: "mas tente, senadora!"). Com toda elegância, Aécio fez ataques duros aos governos do PT e, principalmente, ao PT. Destacamos uma passagem de grande efeito retórico: "Sempre que precisou escolher entre os interesses do Brasil e a conveniência do partido, o PT escolheu o PT". Isto sendo comprovado com os exemplos da posição do PT contra a eleição de Tancredo Neves, contra o Plano Real, contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, etc. Para desfazer aquela frase besta e demagógica - "Nunca antes na história deste país" - com que o ex-presidente Lula marcou seu governo, Aécio recorreu ao óbvio: "O país não nasceu ontem". Quem renasceu ontem, com o discurso de Aécio, foi a oposição.
Aécio é mesmo um politico sem discurso e só sabe elogiar Tancredo e Sarney...
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