Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

sábado, 9 de abril de 2011

Desarmamento já! Dos bandidos

A tragédia de Realengo está trazendo de volta a campanha do desarmamento. Excelente, desde que seja para desarmar bandidos. A idéia de desarmar os cidadãos de bem, impedindo-os de portar armas em quaisquer circunstâncias, impedindo-os até mesmo de ter uma arma em casa para proteção própria e proteção da família; esta é uma idéia estúpida, atentatória do elementar direito de segurança. É necessário rigor para concessão de armas de fogo? É necessário o máximo rigor. Cumprindo todas as exigências legais, o cidadão tem direito de possuir sua arma, em alguns casos apenas para ter em casa; em outros, bem mais restritos, podendo portar. Há poucos anos foi feito um plebiscito para decidir esta questão; a idéia estúpida perdeu. Os perdedores armam-se agora com a tragédia de Realengo para tentar novamente passar uma lei contra os cidadãos de bem e favorável aos bandidos. Sabendo que os cidadãos de bem não podem ter arma em casa, os bandidos irão invadi-las com grande tranquilidade. Se forem surpreendidos com um tiro, denunciarão o dono da casa à justiça. O cidadão de bem que agiu para defender seu patrimônio, sua vida e a vida da sua família, será preso, e é possível que tenha de pagar uma indenização ao bandido. Entendam, a proposta derrotada em plebiscito visava a proibição das armas legais, as armas ilegais continuavam onde sempre estiveram, nas mãos dos bandidos. A arma do louco de Realengo não era uma arma legal. As armas legais, em sua imensa maioria, não são usadas em crimes, são usadas para evitar crimes. As armas criminosas são as armas dos criminosos. Tomar arma de bandido é difícil, porque bandido não é bicho besta. Então, resolve-se tomar as armas de defesa dos cidadãos de bem na suposição de que a maioria dos cidadões é formada por gente besta. No primeiro plebiscito ficou provado que não era assim.   

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