Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

domingo, 1 de maio de 2016

"Macarthismo tropical" e outras violências da corrupção lulopetista: cuspe, escracho, ameaças, sabotagem...

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Uma pessoa minha amiga, arguta observadora da crise em que o governo do PT afundou o Brasil, recomendou-me o artigo "Macarthismo tropical" de Fernando Schüler. Fui ver. Com o brilhantismo costumeiro, o articulista trata da sórdida tentativa de interdição intelectual, de censura à palavra do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Como noticiado, FHC foi convidado para debater com seu colega Ricardo Lagos, ex-presidente do Chile, no Congresso da Latin American Studies Association (Lasa), no final de maio em Nova York. Como também noticiado, um grupo de professores e intelectuais do entorno lulopetista tomou a iniciativa de enviar uma carta à Lasa difamando o ex-presidente brasileiro e solicitando que o mesmo fosse desconvidado. É algo tão estúpido que custa crer. Schüler considera que a coisa é de um ridículo sem limites e, com inteira propriedade, chama a iniciativa infeliz de "Macarthismo tropical".  Estendo a recomendação que me foi feita para leitura do excelente Fernando Schüler e passo a outras violências da corrupção lulopetista; antes, porém, um curto comentário: não é apenas no ridículo que o lulopetismo não tem limites.

A corrupção lulopetista não deve ser entendida apenas no sentido estrito da corrupção do dinheiro, propina. Como se fosse um "moderno Príncipe", o lulopetismo corrompeu "todas as relações de costume". Vejam que o mais novo argumento dos lulopetistas no debate político é o cuspe. Essa prática nojenta faz parte do escracho, que é um ritual de humilhação pública, um tipo de violência contra opositores historicamente usado por bolchevistas e fascistas. Os rituais de humilhação pública serão tão mais vastos e violentos quanto maior for o poder de quem humilha.

Parêntese: recomendo o excelente artigo "Respeito ao contraditório", do empresário e jornalista Roberto Cavalcanti, que trata dessa novidade do cuspe argumentativo, inclusive revelando que essa violência sebosa está chegando em João Pessoa, com o "Movimento Eu Cuspo Sim".

Caminhando para o fim de um poder de 13 anos, no desespero, o lulopetismo, na sua fase jararaca, vai abandonando qualquer verniz de civilidade democrática e parte para ameaças de violência, prometendo sabotar o futuro governo, sem qualquer preocupação de trazer maiores desgraças ao povo brasileiro. O PT pretendia um poder prolongado, algo como o "Reich de Mil Anos" pretendido pelos nazistas. Não deu certo para os nazistas e não está dando certo para os petistas; então, a frustração é imensa, o que os torna muito perigosos. Movimentos apelegados pelo PT já interditam estradas com fogo; e intentam levar o fogo da violência além, numa rota de destruição.

Resumindo: prestes a ser afastado do poder, o lulopetismo reage pela via de práticas fascistas - radicalizando algumas que já usava e avançando por outras - e se vai tornando naquilo que pratica.

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