Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Chavismo cabeludo vem amadurecer no Brasil: Lula da Silva, nº 1 do PT, recebe Diosdado Cabello, nº 2 do fascismo na Venezuela - e, no original espanhol, um artigo intrépido de Óscar Arias

No regime fascista da Venezuela, "Il Duce" (O Chefe) é Nicolás Maduro, mas é um chefe fraco de um governo já apodrecido. Maduro não chegou ao poder por mérito próprio, mas por capricho de Hugo Chávez, falecido fundador do fascismo venezuelano. Maduro  não tem têmpera nem competência para ser um eficiente chefe fascista. Como todo fascista, é mistificador, mas é um mistificador estúpido (sua cretinice mais famosa é dizer que o defunto Chávez, em forma de "pajarito", o visita e orienta; mas tem muitas outras). Quem, na Venezuela, tem têmpera de chefe fascista é Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional e nº 2 na hierarquia do poder fascista. Deveria ser hoje o nº 1, mas o chefe Chávez, já muito doente, escolheu Maduro.  Nas mãos de Maduro, o fascismo chavista apodreceu. A podridão venezuelana é sócio-econômica (desabastecimento, inflação, desemprego, fome, violência generalizada), político-institucional (o governo fascista da Venezuela submeteu o Judiciário e o Legislativo - como é de praxe em todo fascismo, como fez Mussolini na Itália e Hitler na Alemanha -) e humanitária (o governo fascista da Venezuela persegue, espanca, prende, tortura e assassina opositores; mata manifestantes a tiros; despreza completamente os Direitos Humanos e pratica todo tipo de arbitrariedades).

As violências e arbitrariedades do governo da Venezuela já encontram contestação ou condenação por parte de vários governos e partidos democráticos, de entidades (Anistia Internacional, por exemplo) e de personalidades destacadas na defesa da Democracia e dos Direitos Humanos. Óscar Arias, ex-presidente da Costa Rica e Prêmio Nobel da Paz, em janeiro de 2014 já se pronunciava duramente contra as arbitrariedades do governo Maduro. Felipe González, ex-presidente socialista da Espanha (Partido Socialista Operário Espanhol - PSOE), foi a Caracas para visitar e prestar solidariedade aos presos políticos. Por todo o mundo, quem tem consciência democrática está reagindo à escalada autoritária do governo podre de Nicolás Maduro. 

Nada obstante, o regime fascista venezuelano tem simpatizantes e apoiadores no Brasil; o PT, por exemplo. O chavismo, também chamado "bolivarianismo" (coitado do Simón Bolívar) e "Socialismo do Século XXI" (coitado do socialismo), tem muitos simpatizantes declarados não só no PT, mas por toda a esquerda marxista brasileira (coitado de Karl Marx).

O chavismo (ou bolivarianismo, ou Socialismo do Século XXI), que tem ambições de estender suas raízes por uma "Pátria Grande", recebeu na quarta-feira, 10/06, um adubo forte: o nº 1 do PT (partido que governa o Brasil), Lula da Silva, recebeu o nº 2 do regime chavista da Venezuela, Diosdado Cabello.

Historicamente, a árvore do fascismo, em pátrias grandes ou pequenas, tem amadurecido frutos nefastos que, invariavelmente, apodrecem em tragédias.

Abaixo, seguem duas notícias sobre o encontro de Cabello com Lula; a primeira colhida do Instituto Lula (institutolula.org). E encerramos com um intrépido artigo do citado estadista Óscar Arias, colhido do Blog do Políbio Braga (polibiobraga.blogspot.com.br).




Presidente da Câmara dos Deputados da Venezuela visita o Instituto Lula

10/06/2015 14:43 | Diego

Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula
O presidente da Câmara dos Deputados da Venezuela, Diosdado Cabello, visitou a sede do Instituto Lula na manhã desta quarta-feira (10), onde encontrou-se com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir o aprofundamento da cooperação política entre Brasil e Venezuela.
"É fundamental para nós conversar com o ex-presidente Lula, compartilhar de sua experiência e de sua referência política", afirmou o parlamentar venezuelano. A prioridade de Cabello, no entanto, que vem ao país como enviado do presidente Nicolás Maduro, é prospectar novas oportunidades de comércio com o Brasil, que mantém intercâmbio comercial de US$ 5,8 bilhões com o país vizinho.
"Queremos dispor na Venezuela de produtos que são feitos aqui. Não estamos muito perto, mas também não estamos longe, somos um mercado direto", disse. "O Brasil é uma potência mundial; um gigante, dizemos na Venezuela. Temos uma relação comercial extraordinária com o Brasil e há muitas empresas brasileiras que desenvolvem obras importantes em nosso país, não apenas de infraestrutura, mas também em setores como a indústria petrolífera. São laços que sempre buscamos aprofundar", completou.



Pedro Vesceslau e Murillo Ferrari - O Estado de São Paulo

Lula recebe número 2 do chavismo em SP

Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, esteve com ex-presidente por duas vezes




Na foto, o ministro Marco Rodolfo Torres, Lula e Diosdado Cabello - Reprodução do itter de Diosdado Cabello




O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na manhã desta quarta-feira, 10, e na noite dessa terça, 9, com Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela. O político, número 2 do governo chavista do presidente Nicolás Maduro, participou dos dois encontros na sede do Instituto Lula, na capital paulista. 

A reunião acontece pouco tempo depois de a imprensa dos Estados Unidos revelar que o país está investigando Cabello por suspeita de envolvimento com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro e no momento em que a Venezuela é acusada de sufocar a oposição do país. 
O gesto do ex-presidente se contrapõe à decisão do senador Aécio Neves, presidente do PSDB, de liderar uma comissão externa do Senado para "averiguar" a situação de dois líderes opositores venezuelanos, Leopoldo López e Daniel Ceballos, presos há mais de um ano. 
Em sua conta no Twitter, Cabello escreveu que estava no Brasil "por instruções do companheiro presidente Nicolás Maduro, trabalhando pela e para a pátria". 
Além do número 2 do chavismo, vieram ao Brasil o ministro de Poder Popular de Economia e Finanças, Rodolfo Marco Torres, o ministro para Indústrias Básicas e Mineração, José David Cabello, e o presidente Corporação Venezuelana de Comércio Exterior (Corpovex), Giuseppe Yoffreda.






Manifesto (Óscar Arias)


Quiero sumar mi voz a un coro de preocupación que recorre buena parte de nuestra América.
Miles de estudiantes y opositores al gobierno del Presidente Nicolás Maduro en Venezuela fueron brutalmente atacados con armas de fuego por los cuerpos de seguridad.
En ningún país verdaderamente democrático uno va a prisión o es asesinado por pensar distinto o por querer manifestar su oposición a las políticas del gobierno. Venezuela puede hacer todos los esfuerzos de oratoria que desee para vender la idea de que es una verdadera democracia, pero con cada violación a los derechos humanos que comete niega en la práctica esa afirmación, porque reprime la crítica y la disidencia.
Todo gobierno que respete los derechos humanos debe respetar el derecho de su pueblo a manifestarse pacíficamente. El uso de la violencia es inaceptable. Recordemos la advertencia de Gandhi: “Ojo por ojo y todo el mundo acabará ciego”.
Siempre he luchado por la democracia y estoy convencido de que en una democracia, si uno no tiene oposición debe crearla, no reprimirla y condenarla a un infierno de persecución, que es lo que parece hacer el gobierno del Presidente Maduro.
Venezuela debe respetar los derechos humanos, sobre todo los derechos de sus opositores, porque no tiene ningún mérito respetar sólo los derechos de sus partidarios.
En algún momento de su vida dijo Martin Luther King Jr. que “…los lugares más calientes del infierno están reservados para aquellos que en un período de crisis moral mantuvieron su neutralidad. Llega el momento en que el silencio se convierte en traición”.
Por ello estoy consciente de que al hacer estas afirmaciones me expongo a todo tipo de críticas de parte del Gobierno venezolano. Me acusarán de inmiscuirme en asuntos internos, de irrespetar su soberanía y, casi con certeza, de ser un lacayo del imperio.
Sin duda, soy un lacayo del imperio: del imperio de la razón, de la cordura, de la compasión y de la libertad. No voy a callarme cuando se vulneran los derechos humanos.
No voy a callarme cuando la sola existencia de un gobierno como el de Venezuela es una afrenta a la democracia. No voy a callarme cuando se pone en jaque la vida de seres humanos, por defender sus derechos ciudadanos. He vivido lo suficiente para saber que no hay nada peor que tener miedo a decir la verdad.
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Óscar Arias fue presidente de Costa Rica y obtuvo en 1987 el Premio Nobel de la Paz.

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