NÓS E O NAZI-COMUNISMO CUBANO
As correntes antiliberais – nazi-fascismo, nazi-comunismo, fasci-socialismo – acusam as economias liberais de mercado de promover a famosa "exploração do homem pelo homem", e propõem como antídoto para essa ignomínia social a substituição do Estado dominado pela burguesia exploradora por um Estado proletário, legítimo representante das classes exploradas. Este Estado tem que ser suficientemente forte, abrangente e totalitário, uma pétrea "ditadura do proletariado", capaz de se contrapor e destruir o que eles chamam de alienante “ditadura da burguesia". A nova ordem daria ensejo ao que seria a última fase do desenvolvimento humano, a marcha acelerada em direção à utopia de uma sociedade de paz e abundância, anárquica, sem Estado, sem lei nem senhor. Um belo sonho, nascido dos belos sentimentos de solidariedade do coração humano, que o faz chorar com os que choram e sofrer com os que sofrem. E os corações dos fasci-socialistas se encheram de piedosa boa vontade. Uma nobre e voluntariosa boa vontade, reconheçamos, para livrar o mundo do lamaçal alienante do lucro, da competição econômica e do consumismo desenfreado, e alçá-lo às culminâncias do ideal de liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa.
Só que, "de boa vontade o inferno está cheio", como reza o bom senso da sabedoria popular. Ou seja, não adianta ter a melhor das boas vontades se não se encontra o caminho correto e seguro para por em prática as utopias e objetivos de que ela se alimenta. Um caminho errado pode estragar tudo, e, em vez do topo da montanha, levar o caminhante a se despedaçar nos íngremes penhascos de um tenebroso abismo. Foi o que aconteceu quando, seguindo o caminho troncho da luta de classes, os fasci-socialistas colocaram em prática os generosos ideais de sua insinuante doutrina, terminando por trocarem a exploração do homem pelo homem pela muito mais ferina e despótica exploração do homem pelo Estado. Estados que, apesar de se dizerem proletários e democráticos, não passaram de comitês representativos da súcia tirânica dos mais espertos dentro dos partidos únicos, dirigidos pela fabricada liderança de um führer, um chefe supremo, a quem todos deviam cegamente obedecer.
Estrondosamente fracassado na Europa, o esquema nazi-fasci-socialista voltou-se para a América Latina, como a última tábua de salvação para sua desbaratada doença ideológica, para eles, com certeza, um meio mais dócil e receptivo à sua propaganda enganosa, por ser um continente carente de um capitalismo avançado, e, por isso, dominado pela pobreza, pela ignorância e pelo analfabetismo. O investimento nazi-fascista na latinidade americana até agora está dando certo, pois, aqui e acolá, nesta última década, começaram a pipocar, pela via troncha do populismo fraudulentamente democrático, governos latino-americanos abertos à implantação do novo "socialismo bolivariano", e simpáticos à defesa e à cooperação com o nazi-comunismo Cubano. Infelizmente, o Brasil caiu nessa esparrela, que lhe vai custar algumas décadas de atraso em seu desenvolvimento econômico e social. E a nossa "presidenta" guerrilheira, em vez de usar o nosso suado dinheirinho para dirimir as numerosas mazelas que apequenam nossa nação, desvia-o para colaborar com o golpe nazi-propagandístico dos médicos cubanos, que visa transformar em verdade a mentira de que a Cuba nazi-comunista é pobre, mas distribui bem a sua pobreza, oferecendo à população uma educação e uma saúde públicas tão perfeitas que se lhe permitem o luxo de exportá-las para o resto do mundo. (Tal "perfeição", infelizmente [ou felizmente?] só não deu para salvar a vida do seu aloprado parceiro bolivariano Hugo Chaves). E tudo é feito atropelando nossas leis trabalhistas e os famosos "direitos humanos", que a esquerda fascista tanto manipula, pois dos dez mil reais mensais por médico, que pagamos ao Estado cubano, só menos de 10% chega às mãos dos pobres e explorados esculápios. O resto é retido para a formação de divisas, que o regime incompetente da ilha caribenha não consegue produzir. Na verdade, a competência (ou incompetência?) dos médicos cubanos é vendida como nos tempos da escravidão no Brasil, quando os senhores vendiam os serviços dos seus escravos possuidores de alguma habilidade especial, que por isso ficaram conhecidos como "escravos de ganho". Estes, a única coisa que recebiam pelo seu trabalho era a comida e a dormida, enquanto ao seu senhor era pago o total da remuneração que, por justiça, lhes era devida, da mesma forma como o governo cubano recebe o total dos salários de seus enviados "para salvar a saúde brasileira"T, concedendo-lhes apenas uma pequena parte para comida, roupa e hospedagem.
Os brasileiros de fé e consciência permanecem indignados com este estelionato, que faz uso dos seis meses de trabalho que eles pagam como tributo, para alimentar o "berço da serpente" caribenho, onde se aninham os inimigos da liberdade e da democracia.
SOS VENEZUELA: imperativos da
Democracia e dos Direitos Humanos
Catarina Rochamonte
Um momento antes da atual conjuntura, um período afamado como
moderno precipitou-se em teorias absurdas e definitivamente além dos
horizontes próprios da averiguação humana. Além de a mensagem
sobrepujar o próprio horizonte limitado do conhecimento, seu teor
alcançou um patamar só permitido ao discurso advindo da própria
revelação. Referimo-nos ao espetáculo metafísico do séc. XVIII
onde os maiores progressos técnicos se encaminhavam para uma melhor
aplicação e a singular presunção humana lançou o próprio
pensamento técnico aos céus, como se a possibilidade de arranjar
conceitos fosse suficiente para fazer a verdade fluir. Recalcitrante
no que tange às demandas críticas impostas por Kant, os idealistas
se propuseram uma metafísica romântica incomparável em beleza e em
falta de lucidez, pois a própria perscrutação do infinito
pressupõe asas outras que as meramente intelectuais. Concentrando
esforços na fulguração divina do inusitado intento, o filósofo
Hegel se prestou a artes infinitas de dialética enquanto o espírito
absoluto de que falava outra coisa não era que a empáfia própria
de uma mente obscurecida pela própria potência. Ligar Deus ao
conceito sem atinar para a concordância efetiva entre Deus e fé,
sem atinar para a transcendência absoluta de Deus em relação à
lógica é sinalizar conflitos e abastecer corretas inclinações sem
corretas possibilidades. Não negamos que Deus seja o infinito e o
absoluto, negamos que ele seja o infinitamente lógico, pois o logos
é tão somente a esfera menor
na qual a humana inteligência pode trabalhar. Limitar Deus à lógica
é limitar o homem ao pensamento intelectual e sem vida. Coerência
desprovida de seiva e de chão, de sapiência existencial e de
carnalidade, pois a carne também participa da ascensão gradual ao
conhecimento através de suas depurações sucessivas. Como o próprio
filósofo se abismava na própria terra inventada, a tendência
máxima da estupefação alienante se verifica ao comparar-se a si
mesmo ao espírito absoluto sob o pretexto de tê-lo atingido. Tudo
isso não passa de desatinos próprios de uma mente privilegiada em
um determinado aspecto e obtusamente frágil em outros. Comparar o
esforço hegeliano ao esforço marxista é o propósito do nosso
texto, pois enquanto um sobrevoava o tempo em busca do espírito
absoluto, o outro solapava as esperanças dos que criam no efetivo
espírito. Desterrados do conceito obnubilador de absoluto
metafísico, os homens se ataviaram na busca da perfeição terrena
por caminhos altamente deturpados e carentes da mais singela e
humilde vocação evangélica. Correram atrás das massas e
enobreceram cidadãos desprovidos de espírito religioso, respaldaram
teses abjetas e demoliram pretensões sãs e coerentes de consolidar
paulatinamente uma sociedade hábil e concretamente constituída sob
o respaldo da democracia, consolidaram um poderio beligerante próprio
da terra e com ele apregoaram o paraíso terrestre, deserdaram homens
e assaltaram mãos famintas a propósito de um bem coletivo altamente
questionável. Consentâneo obstáculo ao progresso real verifica-se
hoje quando os remotos líderes se fazem aplaudir através de uma
covarde desistência e de uma anárquica coesão. Venezuelanos se
põem em busca de um líder capaz de governar um povo sem que a
própria astúcia e desatino mental o ponha a perder. Liderados por
desastrados e deficientes homens, esse povo clama e se revolta sem
que a mundial política se dê ao caso de verificar a atual correção
do mandato em vigor. Completamente louco está aquele que dirige o
país e conquanto a democracia seja o esteio fundamental da nossa
civilização, o Brasil se prestaria um favor se opondo a um tutor
beligerante e deturpado nos mais singulares princípios éticos.
Rapidamente tracejamos essas linhas a fim de fazer ver que um erro
teórico, se deixado à solta, conduz a pérfidas consequências e
consagra louros à ignorância. Lentamente encaminhemos nossas
reflexões para a possibilidade de um arranjo global entre os povos,
pois o quesito em pauta não é nem metafísica, nem política, mas a
real necessidade humana de conduzir o mundo segundo preceitos
radicados em princípios reais. O norte maior da condução comum é
a justiça e a justiça é o elemento básico de coesão e coerção.
Comumente se estabelecem votos em favor da administração em voga,
mas a política seriamente conduzida desmente a propensão à
beligerância e ao colonizador anelo. Conquanto os esforços
diplomáticos de interferir minimamente na soberania nacional seja um
zelo elementar, ele não se opõe ao trâmite necessário em caso de
sucessão partidária. Consagrado pelo povo sem ser consagrado pelas
urnas (a vitória foi por uma margem de 1,59 ponto percentual), o
atual presidente da Venezuela deveria ser banido do cargo à menor
violação dos direitos humanos. Conduzido por partidários débeis,
seu mandato consolida-se tão somente pelo apoio popular que, uma vez
retirado, deveria retirá-lo do cargo também. O apoio insólito dos
países vizinhos se afigura algo abjeto, pois o elemento maior desse
apoio é a questão financeira do respaldo energético. Cumplicidade
ante a maior falta de respeito aos direitos humanos e sórdida
aliança por fins materiais é o que se verifica no descaso global
com a atual problemática desse país. Convocar o povo ao apoio
estudantil e convocar à parcimônia aqueles que se dizem comunistas
é uma luta atual e necessária, pois tudo o que diz respeito à
honradez e à dignidade humana é objeto de estudo e de direção em
qualquer tempo em que se lhes corrompa o progresso.
Os textos políticos de Iremar Bronzrado eu já conhecia. Esse texto político da Catarina Rochamonte foi para mim uma agradabilíssima surpresa. Verdadeiramente excelentes os textos.Parabéns! - Alberto Nobre Villar.
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