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Um grupo de advogados lançou um manifesto de título comprido - "Carta aberta...etc." - atacando a Operação Lava Jato. Embora não tenha o nome mencionado, o alvo principal do manifesto é o juiz Sergio Moro. Outro alvo é a imprensa, acusada de realizar um "massacre midiático". As respostas não demoraram, algumas bem duras, como as da Associação dos Juízes Federais (Ajufe) e da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Consta que alguns magistrados têm considerado o manifesto como expressão de "uma coragem seletiva e uma covardia qualificada". Eu mesmo, não vejo bem onde esteja a coragem, ainda que seletiva. Trata-se, a meu ver, da extensão espalhafatosa da defesa que alguns dos advogados subscritores já fazem, profissionalmente, dos empresários e políticos envolvidos na corrupção do petrolão. Os ricos e poderosos, claro, têm direito de constituir advogados.
O site O Antagonista conta que quem redigiu a "Carta aberta.." dos advogados foi o não muito conhecido Maurício Ferro, advogado da Odebrecht. Porém, o grande articulador do lançamento da dita Carta, e que se tem colocado na linha de frente do ataque à Operação Lava Jato, é Antonio Carlos de Almeida Castro, o famoso Kakay, advogado de grife, na linha Romanée-Conti.
E aqui chego aonde queria chegar. A Odebrecht é a empresa preferencial dos governos petistas. O chefe do do PT, Lula, é unha e carne com os executivos da Odebrecht. O advogado Kakay, que ora representa alguns envolvidos na Lava Jato, é amigo do peito de vários petistas ricos, como José Dirceu. E vejam, os maiorais petistas estão ricos de fazer inveja. Lula, que ficou rico dando palestras, leva uma opulenta vida de burguês, em jatinhos no céu ou em iates no mar, sempre na companhia de gente podre de rica. Dirceu, no momento, passa por um perrengue em Curitiba, mas, havendo feito fortuna com consultorias, tinha vida de luxo. Antonio Palocci também fez fortuna com consultorias. Recentemente foi revelada uma forte relação entre o burguês Léo Pinheiro, da OAS, e Jaques Wagner; e também que Wagner recebeu de presente do burguês Ricardo Pessoa (amicíssimo de Lula, diga-se) , dono da UTC, três garrafas do vinho Vega Sicilia Gran Reserva 2003, que custaram a bagatela de R$ 6.797,84. Isso para falar nos petistas ricos mais famosos. E note-se que esses petistas burgueses estão, há bastante tempo, enfronhados com outros badalados políticos burgueses, como Collor de Mello e Paulo Maluf.
A simbiose entre políticos, empresários e advogados caros é o que existe de mais típico na corrupção capitalista mais estereotipada; que o diga o cinema de Hollywood.
Essa turma na qual os chefes petistas estão colados não são simples burgueses, são a nata da burguesia brasileira: está aí formada a plutocracia, que é o governo dos mais ricos. O PT, faz tempo, deixou de ser Partido dos Trabalhadores, tornou-se Partido dos Plutocratas. Quem quiser ver, é só olhar.
E aqui chegamos aos porcos do livro Animal Farm (A Revolução dos Bichos), de George Orwell, tantas vezes já por mim citado. Para quem não leu ou não lembra mais, recordo que os porcos revolucionários no poder, após apropriarem-se dos privilégios que haviam sido do dono da granja, passam a manter relações de interesse e de amizade com granjeiros vizinhos. No final do livro está descrita a surpresa dos outros bichos ao espiar, pelas frestas da janela, uma animada reunião entre porcos e homens que descamba para confusão quando, no jogo de cartas, apela-se para o roubo. Vejam, como reproduzido do site DHnet:
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