Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Intelectuais dirceuzistas deviam procurar mais o que fazer, talvez uma lavagem de roupa

Anunciado pelo porta-voz Luiz Carlos Barreto como um "texto filosófico-doutrinário", o manifesto dos intelectuais amigos de Zé Dirceu em defesa dos corruptos mensaleiros foi mesmo um espanto. É de admirar que se juntem 200 e tantos intelectuais para produzir uma nota tão besta. Felizmente, uma besteira curta: 3 minguados parágrafos.

No primeiro, dizem que lhes causa preocupação "parte da cobertura da mídia" e reações públicas que atribuem aos ministros "o papel de heróis".

Certamente, a "parte" que preocupa é a que não faz o papel de porta-voz de mensaleiros. Com a outra parte, a que pede a absolvição dos corruptos mensaleiros, tudo bem. Quanto às reações públicas que atribuem aos ministros "o papel de heróis"; isso é mesmo um perigo, pois concorre com a idolatria que esses intelectuais prestam ao deus Lula e ao semi-deus Zé Dirceu.

No segundo parágrafo dizem que são contra "a transformação do julgamento em espetáculo" e repudiam "o linchamento público".

Ocorre, faz tempo, que as sessões do STF vão ao público pela TV Justiça. Em alguns momentos têm grande audiência. Foi o caso, por exemplo, da decisão sobre a demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol. Foi o caso, também, da decisão sobre o Sistema de Cotas nas Universidades. Então, o que esses intelectuais querem é censurar a TV Justiça quando os ministros não estiverem seguindo o prumo que eles acham adequado. Quanto ao "linchamento público", os intelectuais dirceuzistas não se incomodaram com o massacre sofrido pelo ex-governador Arruda, de quem eles não gostam. Esses intelectuais sempre apreciaram "linchamento público" de adversários. O ídolo deles, o Zé Dirceu, chegou a aconselhar multidões petistas - no que foi atendido - a espancar adversários, a bater neles "nas urnas e na rua".

No último parágrafo dizem confiar que os ministros saberão conduzir o julgamento até o fim "sob o crivo do contraditório e à luz suprema da Constituição".

Pois, no início do julgamento os advogados de defesa crivaram o contraditório dias a fio. E, à luz suprema da Constituição, os peculatários, lavadores de dinheiro, formadores de quadrilha, corruptos passivos e ativos devem pagar por seus crimes; quer sejam simples mortais, quer façam parte do Olimpo petista.

Enfim, o manifesto dos 200 intelectuais dirceuzistas é de matar de vergonha até mesmo analfabetos funcionais. E o Barretão teve coragem de chamar tal porcaria de "texto filosófico-doutrinário".

Deus do Céu!, a filosofia doutrinária brasileira está no bagaço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário