RAFAEL FREIRE"
No "Manifesto Comunista", Marx e Engels pintam com cores fortes a ferocidade do avanço capitalista pelo mundo, destruindo antigas relações de produção e, por consequência, antigas e caras relações sociais: "Tudo que era sólido se desmancha no ar, tudo que era sagrado é profanado". Mas justificam tal ferocidade pela imperiosa necessidade da evolução/revolução econômica. O que Marx diz na carta a Annenkov, sem rebuços, é que a escravidão negra era complemento da economia capitalista e, assim, necessária ao desenvolvimento que levaria à revolução proletária.
Deve-se dizer, de passagem, que a mitologia marxista do paraíso terrestre repete o percurso teleológico rumo ao paraíso celeste exposto por Santo Agostinho em "A Cidade de Deus".
É preciso que se aprenda com a história: a metafísica marxista da história, em todos os países em que os revolucionários marxistas empolgaram o poder, levou à práxis (prática) da escravidão ou da servidão.
Continuarei em um próximo post. Espero comentários. Pretendo o debate. Sem debate, essa conversa não tem graça.