Caminhava Jesus com seus discípulos quando avistou um cego de nascença. Os discípulos quiseram saber se o infeliz estava pagando os pecados próprios ou os pecados dos pais. Jesus respondeu que nem o cego nem os pais haviam pecado, mas era necessário que naquele sofredor se manifestassem as obras de Deus; e dispõe-se a curá-lo, dizendo: "Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo" (João: 9, 5).
Todos nós somos cegos de nascença; não cegos da visão, mas cegos do entendimento. Cegos da visão, alguns. Cegos do entendimento, todos. Não que a razão humana não possa conhecer, mas ela só conhece pelo tato aquilo que melhor conheceria pela vista.
A razão humana, a rigor, apenas tateia a verdade; sendo da essência mesma desta nunca se revelar na sua inteireza.
Acresce que esta humana razão conhece sempre melhor o que importa menos, e pessimamente o que importa mais.
Porque muito mais importa a verdade moral do que a verdade factual, muito mais as verdades interiores do que as verdades exteriores, muito mais as verdades da vida eterna que não vemos do que as verdades da vida efêmera em que vivemos.
Por isso foi necessária outra luz, além da luz da razão.
Se a razão tudo pudesse entender, não careceria Deus de enviar uma nova luz ao mundo.
Desde que apareceu no mundo, há 2018 anos, essa luz aquece e ilumina sem cessar, e seu combustível é o amor.
A denominação de "mago", na Antiguidade, indicava o sábio, especialmente da mais excelsa sabedoria da época: a sabedoria astrológica. Os três reis magos são, portanto, os três reis sábios.
Estes sábios, ao seguirem a estrela, iam a procura de uma luz nova, uma luz que pudesse iluminar mentes já saturadas de toda ciência, cansadas de muitas procuras, desesperançadas de tantas decepções.
Eles a encontraram, a luz em botão, na forma de um bebê em uma humilde manjedoura.
Essa pequenina luz se fez a Luz do Mundo.
Hoje, neste início de 2018, por mais saturado, cansado e desesperançado que você esteja; esta luz esta ao seu alcance.
Procure-a com o coração.
Washington Rocha
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