Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

"TODOS OS ANIMAIS SÃO IGUAIS, MAS ALGUNS ANIMAIS SÃO MAIS IGUAIS DO QUE OS OUTROS": os bichos de George Orwell e os bichos do PT

A turma barra-pesada do petismo falcônico-dirceuzista defende intrepidamente a corrupção, mas só quando a corrupção é praticada por petistas graúdos. Corrupção de adversários, os petistas sempre atacaram ferozmente. Corrupção de aliados ou de petistas menores merecem deles apenas um apoio enfadado, de ocasião e conveniência. Mas, para o bolche-fascismo falcônico-dirceuzista, o maior de todos os crimes já praticados no Brasil foi o julgamento, condenação, sentenciamento e prisão de alguns daqueles que o Lula da Silva chama de "altos companheiros".

Esse termo, "altos companheiros", é uma genial contribuição de Lula da Silva para a "novilíngua petista", uma perfeita tradução daquela ideia expressa por George Orwell em "A Revolução dos Bichos" de que "todos os bichos são iguais", mas os chefes-porcos "são mais iguais".

Elevar o Partido (e, consequentemente, os chefes que falam pelo partido) acima do Estado, da Justiça e da Moral foi uma  invenção bolchevista de primeira hora, coisa engendrada pelo chefe Lênin, que prosperou com Stalin, mas também com Trotski. Este, aliás, escreveu uma das mais indecorosas obras da história do pensamento axiológico para demonstrar porque é e porque deve ser assim. Esse texto indecente tem já  um título de confronto: "Nossa Moral e a Deles". A "nossa moral", no caso a moral bolchevista, extensa e profundamente meditada por Trotski, resume-se à seguinte indecência: mediante a autoridade do Partido, pode-se e deve-se fazer tudo: mentir, roubar, matar e tudo mais que seja necessário ao êxito revolucionário. É espantoso, mas é assim mesmo. Quem duvidar, leia o livro.

Porém, melhor do que ler o livro de Trotski será ler os livros com que George Orwell desconstrói a utopia marxista-leninista: o já referido "A Revolução dos Bichos" (Animal Farm) e "1984" (Nineteen Eighty-Four). No primeiro, fica demonstrado como o processo revolucionário porco-bolchevista reduziu o ideal da igualdade de todos os animais à tirania dos chefes-porcos sobre todos os outros animais. O segundo estampa o sufocamento de toda liberdade em um período mais avançado do processo revolucionário bolchevista (o livro foi escrito em 1949): o totalitarismo no mais alto estágio, onde todos são permanentemente vigiados, monitorados, controlados e escravizados pelo Big Brother (às vezes, eu penso que pior que o Big Brother imaginado por Orwell só os vários tipos de Big Brother que passam hoje na TV - num e noutro caso, é muito melhor a morte). Na ficção "1984", os chefes totalitários criam a "novilíngua", que consiste em  uma espécie de linguagem "politicamente correta", onde se usam eufemismos para esconder verdades ruins, muitas vezes com inversão total do termo. Exemplos: o ministério encarregado de prender, interrogar, torturar e assassinar é denominado Ministério do Amor; o ministério encarregado de propagar mentiras é denominado Ministério da Verdade.

Que eu saiba, a turma do bolche-fascismo brasileiro ainda não cogita instituir o Ministério do Amor, mas o Ministério da Verdade é um projeto em andamento, a ser deslanchado com o estabelecimento da censura, chamada por eles de "controle social da mídia", "marco regulatório", "democratização dos meios de comunicação" e outros termos de novilíngua.

Com o julgamento, condenação e prisão de 3 petistas corrupto-mensaleiros (um outro fugiu para a Itália; ainda outro espera a prisão sentado na cadeira de deputado), os falcônicos-dirceuzistas entraram em ebulição. Quando isso acontece, os pendores bolchevistas represados pela convivência forçada com a "democracia burguesa" fazem valer seu domínio e a novilíngua escorre como larva de suas bocas: os criminosos julgados, condenados, sentenciados e presos pela Justiça da Democracia brasileira são chamados de "heróis".

A corrente falcônico-dirceuzista do petismo está em aberta campanha contra as instituições democráticas, notadamente contra a Justiça e contra a Liberdade de Imprensa. Uma das armas dessa campanha é a "novilíngua", que também se pode dizer "linguagem de porco".

Não creio que tal campanha pró-corruptos e liberticida prospere. Os chefes falcônicos-dirceuzistas estão dispostos, aguerridos, muito empenhados e contam com um número expressivo de apoiadores entre os militantes do PT, partidos satélites e na mídia. Mas não contam com a massa do partido nem com massa nenhuma. Para que pudessem arrastar a sociedade, seria preciso que arrastassem primeiro o próprio partido. Recente pesquisa indica que em todo o Brasil é amplo a aprovação às decisões do STF e à execução dessas decisões. Esse apoio é de cerca de 80%; e, surpreendentemente, é ainda maior entre os filiados do PT.

Não, essa campanha mistificadora e mentirosa não vai prosperar. Desde que não se deixe que os mistificadores e mentirosos fiquem falando sozinhos. Linguagem de porco é uma  baba venenosa, tem de ser combatida com o contraveneno da verdade.





Um comentário:

  1. Dessa vez Rocha 100 pegou muito pesado com o PT. O PT vai por mau caminho, mas ainda não chegou a esse horror.

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