Blog Rocha 100
“No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.
domingo, 3 de novembro de 2013
Deus Seja Louvado por termos Rachel Sheherazade - ou a intolerância dos laicistas nanicos "politicamente corretos" - ou, ainda, a intolerância liliputiana de abaixo-assinados para demitir jornalistas
Não que eu concorde em tudo com o que pensa e diz a Rachel; mesmo porque, em tudo, eu não concordo nem comigo mesmo. Mas ela diz com força de convicção e argumenta com segurança. Ainda por cima, a moça é bonita que faz gosto. Deus Seja Louvado!
Essa frase - Deus Seja Louvado! - é, aliás, o assunto de um dos comentários da Rachel nos vídeos apresentados no texto de Reinaldo Azevedo. Vejam só: em 2012 o Ministério Público Federal requereu na Justiça o expurgo da bendita frase das cédulas de real. Fez isso alegando o princípio da laicidade do Estado. Segundo a Procuradoria, a inscrição da frase nas cédulas atentaria "contra os princípios da igualdade e da não exclusão de minorias". Um procurador lá, especialmente obtuso ou escandalosamente cínico, afirmou que a medida visava "proteger a liberdade religiosa de todos os cidadãos". Putaquipariu! Tem de ser muito imbecil para achar que o nome de Deus numa cédula atenta contra a liberdade religiosa de alguém. Pois, a Rachel, no referido vídeo, passa um sabão em regra na laicidade fajuta e termina por concordar com o ex-presidente José Sarney: "É coisa de quem não tem o que fazer".
Foi o então presidente Sarney quem, em 1986, ordenou a inclusão da frase nas cédulas. Fez muito bem. E outra coisa boa que tem o Sarney, é que cultiva o Padre Antônio Vieira. Quem gosta de Vieira, só por isso já será perdoado de muitos pecados.
Os laicistas brasileiros que brigam para arrancar uma frase de uma cédula são movidos por uma feroz imbecilidade, aquela da doutrina do "politicamente correto", que, a pretexto de salvar o mundo, não hesitará em levar os habitantes do mundo para o inferno. O Estado laico é um fundamento da Democracia. O filósofo cristão Iremar Bronzeado remete este fundamento ao enunciado de Jesus: "A César o que é de César e a Deus o que é de Deus". A democracia é fundamentada não apenas em leis, mas também na história, costumes e tradições. O nome de Deus em uma cédula não ameaça a democracia; o fanatismo, sim. A democracia norte-americana, por exemplo, talvez não sobreviva à espionagem do Obama, mas nunca foi ameaçada pela inscrição do nome de Deus nas cédulas de dólar: "In God we trust" ("Em Deus nós confiamos"). Também não sei se existe algum ateu tão fanático a ponto de deixar de receber notas de dólar ou real por ojeriza ao nome de Deus.
Arremeter contra o nome de Deus numa cédula remete a tradições de intolerância e fanatismo, não a tradições democráticas. Os intolerantes perseguem tudo o que os incomoda, os fanáticos brigam por qualquer motivo. Na sátira de Jonathan Swift, em "As aventuras de Gulliver", lá na ilha de Lilliput, país de nanicos, os nanicos fanáticos pontagrossenses entram em guerra com os nanicos fanáticos pontafinenses por discordarem por qual das pontas se deve quebrar o ovo. Os laicistas fanáticos, moralmente nanicos, querem negar uma tradição secular do povo brasileiro e abrir uma guerra de intolerância contra imagens e símbolos cristãos. Já conseguiram arrancar crucifixos de paredes e não sossegarão enquanto não implodirem o Cristo Redentor. Sempre com as melhores intenções, sempre conforme à doutrina "politicamente correta", que tem sido o melhor estrume das mentes vagabundas neste início de terceiro milênio.
Voltando a Rachel Sheherazade, ela trabalhava na filial pessoense do SBT e foi levada por Sílvio Santos para a matriz justamente pela repercussão de um desses seus comentários arrasadores. De lá pra cá, em umas 1001 noites de SBT Brasil, ela tem incomodado muita gente ruim e muita gente besta. Não é de estranhar que tenha quem queira vê-la no olho da rua. Tem até abaixo assinado de ativistas patrulheiros exigindo a demissão da moça.
Parêntese: fazer abaixo assinado exigindo demissão de jornalistas por questões de opinião é de uma intolerância nauseabunda; coisa típica de nanicos liliputianos.
Mas haverá de ter também quem exija a permanência da jornalista no seu emprego; e é o público, o público em geral, não este ou aquele setor ou grupo organizado. Não pelas opiniões da jornalista, mas porque ela tem o direito de ter opiniões e, em sendo profissional da comunicação, tem o dever de expressá-las. Sem ter medo de patrulhas, é apenas ao público e à sua consciência que Rachel Sheherazade tem servido. E é isso que lhe compete, é isso que a honra.
Rachel Sheherazade é motivo de orgulho para o jornalismo da Paraíba e do Brasil. Cid Adão.
ResponderExcluirDá-lhe, Shehe...
ResponderExcluirO abaixo-assinado contra a Sheherazade é por causa da questão dos cães de laboratório. A questão é mesmo polêmica. Eu mesmo discordo da jornalista, mas ela tem direito de expressar opinião e querer sua demissão é puro autoritarismo.
ResponderExcluir"Não concordo com uma palavra do que dizes, mas lutarei até a morte pelo teu direito de dizê-las". Voltaire.
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