“Breves ensaios ilustradíssimos” ou “Brevíssimos ensaios ilustrados”: do genialíssimo Solha

O mais importante trabalho artístico-cultural (inclusive filosófico; sendo a filosofia a papa fina da cultura) do Brasil está sendo feito na Paraíba, no site “eltheatro.com”, por WJ Solha. Os tais ensaios tratam desde Deus até ao diabo. Com espantosa erudição e surpreendente clareza (os eruditos costumam ser obscuros). E as ilustrações? Ah, as ilustrações! Sabem aquele tom sarcástico em que uma pessoa, depois de explicar algo bem explicado, pergunta: “Tá bom ou quer que desenhe?”?. Sem sarcasmo, é isso que Solha faz: ele desenha as ideias e os conceitos, com o melhor acervo pictórico do mundo, onde se incluem obras do próprio Solha. O site “eltheatro.com” é, de longe, o melhor site de cultura do Brasil, e concorridíssimo. Mas Solha tem ainda a obrigação de transformar os seus “Brevíssimos” ou “Ilustradíssimos” em livro. Um livro grande, deste tamanhão, de luxo, em capa dura e papel couché, na mais requintada técnica de policromia. Será o maior lançamento de 2011. Ou de qualquer ano em que for lançado.

“eltheatro.com” - El Navarro

Elpídio Navarro, figura maior do Teatro brasileiro, professor da UFPB, irmão de vulto histórico e pai de Bruno, mantém esta joia rara que é o “eltheatro.com”; com esforço, por puro amor à cultura e à liberdade (no “eltheatro” só tem uma – e excelente – censura: não pode falar mal do glorioso C. R. Vasco da Gama). Está-se preparando uma Homenagem a este El Cid Campeador das Artes. Vai ser um festão. Porém, homenagem mais rápida você pode fazer acessando “eltheatro.com”.

Dilma no empate, jogando contra ela mesma

Não votei em Dilma, mas estou torcendo por ela, que é a capitã do grande time da Nação. A presidente marcou um tento na política internacional ao definir uma política de direitos humanos sem concessões, contrariando o respeito seletivo que fora patrocinado pelo Lula para proteger os amigos (Fidel e Raul, Ahmadinejad, etc.). Aí, marcou gol contra ao impor a miséria de 545 reais de salário mínimo (zero de aumento, sequer repõe a inflação das classes pobres, que é maior do que a inflação das classes ricas). Marcou contra de novo ao cortar investimentos de programas sociais, inclusive do “Minha Casa, Minha Vida”; que já ia mal. Voltou a marcar a favor com o aumento razoável do Bolsa Família. E o jogo, um tanto morno, vai assim: gol pra lá, gol pra cá, contra e a favor, tudo feito pelo time do governo. O time da oposição, que poderia animar a partida, até agora, não fez nada; porra nenhuma.

Presidenta ?!

Pode? Poder, pode; mas está, como diria o mártir da gramática, Aldrovando Cantagalo, “fora dos mancais”. Trata-se de um neologismo imposto pela mania do “politicamente correto”. Vejam, por equivalência, nos muitos substantivos formados por derivação sufixal a partir de verbos: quem estuda, é estudante; quem viaja, é viajante; quem combate, é combatente. Tanto assim o homem quanto a mulher. Então; quem preside, é presidente. Mas a “Presidenta” é quem manda.

Cantagalo

Quem é Aldrovando Cantagalo? Não é parente de Ivete Sangalo, mas personagem do conto “O mártir da gramática”. Ele nasceu por causa de um erro de gramática e..., não conto mais. Vão ler, morrerão de rir. É do “politicamente incorreto” Monteiro Lobato.

Que merda é essa?

É um bloco carnavalesco fundado este ano lá no Rio de Janeiro para debochar da mania “politicamente correta”. Se venderem a franquia, eu vou comprar e me esbaldar no carnaval de 2012 cantando a música “atirei o pau no gato”, proibida pela ditadura “politicamente correta”. Os “politicamente corretos” do Ministério da Educação estão tentando expulsar Monteiro Lobato das salas de aula: foi esta específica merdice que motivou o deboche dos foliões cariocas.

“Não atire o pau no gato”, nem diga que a barata é mentirosa

“Não atire o pau no gato” é a versão “politicamente correta” da música malvada que podíamos cantar quando crianças. Tem outra, menos conhecida, que ainda circula e ofende os direitos baratais da nossa querida cidadã barata. Vejam alguns versos: “A barata diz que tem um sapato de fivela / É mentira, ela não tem, o sapato é da mãe dela”; “A barata diz que tem um vestido de algodão / É mentira, ela não tem nem dinheiro pro sabão”; “A barata diz que tem uma anel de formatura / É mentira da barata, ela tem a cascadura”; “A barata diz que tem um perfume da Avon / É mentira da barata, ela usa é detefon”. E outros, todos horrivelmente preconceituosos.

O Carnaval de Sheherazade

O editorial de Rachel Sheherazade, da TV Tambaú (SBT-Paraíba), esculhambando com o carnaval, teve enorme repercussão nacional. Bombou na net. Uns gostaram, outros malharam. Em substância, achei o editorial enganoso. Porém, muito bem escrito e melhor falado. A Sheherazade esbanja talento: um show. Pergunto-me: se a moça das Arábias conseguiu tamanho efeito com um conteúdo falso, o que não conseguiria com um conteúdo verdadeiro?

Dignidade

O Centro para Proteção e Lazer do Idoso, recém-inaugurado na cidade de Santa Rita-PB pelo prefeito Marcus Odilon, dá gosto ver. Amplo, confortável, agradabilíssimo. A área externa, com piscinas, parece coisa de hotel de luxo. Tudo construído com esmero. Uma prenda. Uma obra digna.

Paulo Queiroz

Morreu este meu grande amigo. Jornalista magnífico, imenso coração. Essa é uma nota triste. Mas... Nós outros, cristãos, acreditamos na vida eterna; e isso nos consola. Acreditamos no bem, e isso nos redime.