Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Artigo/Resenha de João Batista de Brito sobre O ANO QUE FICOU - 1968 Memórias Afetivas

O MEU 68
De um fôlego só, acabo de ler “1968 – o ano que ficou” (Washington Rocha e Telma Dias Fernandes), livro que mal vai chegando e já se faz imprescindível aos estudos históricos, políticos e culturais da capital paraibana.
Informativos mas informais, os depoimentos dos 17 participantes da obra reconstituem os eventos locais em torno do ano de 68, e assim fazendo, reacendem, na memória do leitor paraibano, uma época buliçosa, rica, tão fértil em impulsos sociais, com suas perplexidades e contradições, acertos e erros.
Como o subtítulo diz, são ´memórias afetivas´ e, por isso mesmo, desiguais na dicção, no estilo, e no argumento, porém, bem mais saborosas do que se fossem ensaios socio-antropológicos teorizantes e sistemáticos.
Ao livro não sei qual pode ser a reação dos jovens de hoje em dia, porém, se você tem, aproximadamente que seja, a faixa etária dos depoentes, ele será pra você um delicioso prato cheio, para ser devorado com a gula do tempo.
Um efeito adicional da leitura é, com certeza, atiçar a memória do leitor e fazê-lo rever o seu próprio 68. Foi o que se deu comigo.
Nesse ano eu estava no primeiro ano de faculdade (Curso de Letras, na FAFI) e vivi de perto toda a movimentação política e cultural da cidade.
Sem vocação para a coisa política, nunca me engajei, mas, fui, sim, às passeatas, ouvi os inflamados discursos dos líderes estudantis e/ou universitários, e corri da polícia. Não só isso, li os livros obrigatórios para uma formação de esquerda. O que mais me empolgou foi o “Princípios fundamentais de Filosofia” de Georges Politzer, onde aprendi o que era materialismo dialético e suas adjacências conceituais. Até “O capital” de Marx me chegou às mãos, emprestado não sei mais por quem, e do qual, por pura incapacidade de entender, não passei da terceira página.
Como o meu interesse era um pouco menos político e um pouco mais cultural, um livro que virou bíblia para mim foi “A necessidade da arte” do Ernst Fischer, enterrado no quintal de casa depois do AI-5, mas desenterrado depois da anistia, e ainda hoje, sujo de terra, em pé na prateleira da minha estante.
Universitário ou secundarista, acho que nenhum estudante passou por 68 impunemente. Pessoalmente, carreguei uma culpa por muito tempo. Um colega de turma e amigo querido – membro de algum partido clandestino – convidou-me (intimou-me, seria mais correto dizer) a viajar a São Paulo para comparecer ao Congresso de Ibiúna. Vacilei, vacilei, e terminei não indo. Por ter ido e ter sido preso lá, ele foi cassado de um ano escolar, e ficou me olhando enviesado.
Concluído o curso universitário, perdi contato com o amigo, mas, décadas depois, ao revê-lo, batemos um longo papo sobre aqueles velhos tempos, e ele me confessou, rindo um pouco, que eu é que estive certo em não haver aceito a sua intimação. Eu já achava que sim, mas foi bom ouvir o ´perdão´ saindo da boca dele.
Voltando ao livro de Washington Rocha e Telma Dias, naturalmente, um tópico nele recorrente é o AI-5. Pois, mais ou menos no mesmo espírito do episódio narrado acima, um dos depoentes no livro, o José Ronaldo Farias, me comoveu ao afirmar, em seu forte depoimento, que o AI-5, uma vez instaurado (cito) “o sensato era submergir”. E continua: “Foi o que eu fiz. Voltei-me completamente para os estudos...”.
Ao ler a frase, achei que fui eu que a tinha escrito. Pois foi exatamente isto que fiz quando o AI-5 estourou: submergi nos estudos. Os de José Ronaldo eram a Física e o Direito; os meus: Shakespeare, Hemingway, Faulkner, Fitzgerald, etc... mas esta é outra história que, aliás, já contei alhures, duas ou três vezes, e não vou repetir.
Enfim, do livro aqui resenhado, sou forçado a admitir que tive a impressão de o projeto haver sido realizado às pressas, no impulso da hora, sem o cuidado de seleção, composição e edição que uma obra dessas exige, mas, repito: mesmo assim, não é possível virar suas páginas sem gosto, e não é possível chegar à última sem lamentar que tenha acabado. Até porque, como se sabe, daqui e de outras fontes, 68 nunca acabou.

"O Meu 68": esplêndido artigo de João Batista de Brito

Na sua página no Facebook, João Batista de Brito fez, sobre

"O ANO QUE FICOU - 1968 Memórias Afetivas",

uma rápida resenha, intitulada "O Meu 68", que é mesmo uma maravilha. Vão lá conferir.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Guy Joseph, o artista: o livro de 1968 e um possível filme

Guy Joseph é um intelectual multimídia: artista plástico, designer-gráfico e fotógrafo. Pode também tornar-se cineasta. Na sua página do Facebook ele publica excelentes vídeos. O último, publicado hoje, 26/07, é sobre o lançamento de "O ANO QUE FICOU - 1968 Memórias Afetivas" na Usina Cultural Energisa na sexta-feira passada, 21/07. Eu e ele somos 2 dos 17 coautores desse livro; que terá segundo volume a ser lançado em Maio de 2018 (Cinquentenário da rebelião mundial da juventude de 1968, que teve Maio como mês simbólico). Então, sendo Guy um intelectual que sabe tudo sobre símbolos e imagens, estou sugerindo que ele comande um projeto e seja diretor de um filme de longa metragem com base no referido livro. O livro é forte, polêmico; dará um excelente filme. Confiram lendo (disponível na Livraria do Luiz; ou diretamente com os organizadores pelo cel: (83) 98744-2140). De imediato, vão à página de Guy para verem o vídeo: www.facebook.com/guyjoseph.cavalcanti

Compartilhem! Divulguem! Muito Obrigado!

sexta-feira, 21 de julho de 2017

1968: A Festa do Tempo

O tempo voa; todavia, o tempo volta. Hoje será 21 de julho de 1968: a partir das 18:00 h. na Usina Cultural Energisa/Sala Vladimir Carvalho. Hildeberto Barbosa Filho fará  a apresentação do livro

O ANO QUE FICOU: 1968-Memórias Afetivas

E todos nós faremos a festa em Memorável Coquetel Afetivo.

Esperamos todos vocês para a confraternização do ANO QUE VOLTOU.

Tim! Tim!


quinta-feira, 20 de julho de 2017

Sexta-feira, 21/07, na Usina Cultural Energisa: este dia também ficará!

O esforço foi grande e tudo indica que o lançamento do livro

O ANO QUE FICOU: 1968-Memórias Afetivas

será um grande sucesso: nesta sexta-feira, 21 de julho, às 18 horas, na

Usina Cultural Energisa/Sala Vladimir Carvalho

O evento será culminado com um Memorável Coquetel de Confraternização. Será um grande prazer receber todos vocês.  Tim! Tim!

terça-feira, 18 de julho de 2017

Coquetel 1968

Como disse nosso amigo Agamenon Sarinho em relação ao lançamento do livro O ANO QUE FICOU: 1968 - Memórias Afetivas, "a coisa está pegando". Com efeito, o entusiasmo é cada vez maior com a possibilidade de relembrar, reviver aquele ano magnífico, maravilhoso e terrível que ficou em nossas memórias e em nossos corações. Pois bem, no lançamento (Usina Cultural Energisa/Sala Vladimir Carvalho, sexta-feira 21/07, às 18:00 h.) vai ter Coquetel. Mas não tenham medo, não será coquetel molotov, que era o que usávamos contra a repressão nos confrontos de 68; será um Coquetel com deliciosas bebidas e saborosos salgadinhos. Será muito bom recordar com os companheiros e companheiras de jornada aquele tempo de lutas e aventuras. Os jovens de hoje, que lá estarão, ouvindo jovens de ontem (rebeldes de velhos tempos), terão muito em que refletir.

Esperamos todos. Contamos com vocês. Tim! Tim!

domingo, 16 de julho de 2017

1968: quarta-feira no Programa Jorge Blau - Rádio Sanhauá

rocha100.blogspot.com.br

Caros e caríssimas; a campanha de divulgação do lançamento do livro O ANO QUE FICOU: 1968- Memórias Afetivas está ótima (Usina Cultural/Energisa-Sala Vladimir Carvalho, sexta-feira, 21, às 18:00 h.). Já estivemos na TV Master, Conversando com Rui Galdino, e agora Jorge Blau convidou os autores do livro para conversar com ele lá na Rádio Sanhauá, nesta quarta-feira, 19. O Programa Jorge Blau, excelente e de grande audiência, começa às 14:00 h., nós entraremos às 14:30 h; para uma conversa longa, até às 16:00 h. Sintonizem o rádio; ou vão pela internet: radios.com.br/aovivo/radio-sanhaua

Forte abraço. Contamos com vocês.

sábado, 8 de julho de 2017

Lilian e Leopoldo, Heróis da Venezuela

rocha100.blogspot.com.br

É com viva alegria que vejo, hoje, 08/07, estampada nos portais a notícia de que Leopoldo López passou do cárcere para a prisão domiciliar. Não é ainda a vitória de uma libertação plena, mas é já para comemorar, pois entendo que seja prenúncio da libertação definitiva, não só de Leopoldo, mas a libertação definitiva da Venezuela, que marcha resolutamente para por fim à ditadura fascista do podre Nicolás Maduro. A resistência de Leopoldo López impressiona e muito tem inspirado a luta democrática dos venezuelanos.  Da mesma forma, impressiona e inspira a determinação com que sua esposa, Lilian Tintori, tem conduzido a campanha pela libertação do marido e de todos os presos políticos.

Leopoldo e Lilian, Heróis da Liberdade.

Saudações Democráticas! A Luta Continua!

quinta-feira, 6 de julho de 2017

O ANO QUE FICOU: 1968-Memórias Afetivas

Caros e caríssimas;

Temos o prazer de comunicar e convidar para o lançamento de um livro por nós organizado; um livro de lembranças personalíssimas, mas também históricas:

O ANO QUE FICOU: 1968- Memórias Afetivas

São dezesseis depoimentos de pessoas que estiveram na luta contra a ditadura militar. O foco é o movimento estudantil de 1968 em João Pessoa-Paraíba. Porém, alguns depoimentos se estendem até os movimentos culturais de contestação (o teatro, principalmente), outros retrocedem à época das Ligas Camponesas e do golpe militar de 1964; e ainda outros avançam para além de 1968, para a luta armada dos terríveis “anos de chumbo”.

Trata-se de um livro de construção coletiva. São estes os organizadores e depoentes, coautores:

Washington Rocha, Telma Dias Fernandes, José Mário Espínola, João Petronilo, Guy Joseph, José Bezerra, Emilson Ribeiro, Silvino Espínola, José Ronald Farias, Gilvan de Brito, Agamenon Sarinho, Romeu de Carvalho, José Nilton, W. J. Solha, Eldson Ferreira, José Calistrato, Assis Fernandes de Carvalho.

O lançamento será em 21/07 (sexta-feira), a partir das 18 horas, na

Usina Cultural Energisa/Sala Vladimir Carvalho

Rua João Bernardo de Albuquerque, 243, Tambiá, João Pessoa-PB.

O livro terá apresentação do poeta, crítico literário, professor da UFPB e membro da Academia Paraibana de Letras (APL) Hildeberto Barbosa Filho.
Iniciamos hoje a campanha de divulgação, solicitando que repassem nossas mensagens, que transmitam nosso Convite.

Contamos com vocês.


Washington Rocha e Telma Dias Fernandes (organizadores).